Quer montar um mercadinho no seu bairro? Confira dicas

Nesses estabelecimentos há possibilidade de vender produtos diversos que sejam de interesse geral, o que garante a grande rentabilidade desse negócio

Legenda: O investimento maior deve ser em produtos, mas é preciso uma estrutura base para iniciar o funcionamento de um mercadinho
Foto: Kid Junior

Caso você tenha interesse em abrir um mercadinho, saiba que está fazendo uma grande escolha. Nesses estabelecimentos, há possibilidade de vender produtos diversos que sejam de interesse geral, o que garante a grande rentabilidade desse negócio.

No entanto, é preciso muita organização e uma administração cuidadosa para obter o lucro desejado. Por isso, o gestor estadual do comércio varejista do Sebrae, Ivan Moreira, afirma ser necessário montar um plano de negócios bem estruturado. Confira as dicas do gestor para montar um minimercado de sucesso. 

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Escolha a localização adequada 

O futuro proprietário precisa conhecer bem o bairro e mapear os empreendimentos concorrentes. Tem um bom fluxo de pessoas próximo do local onde você pretende montar o mercadinho? Quantos concorrentes tem em volta? O que o seu negócio pode oferecer de diferente?

Com essas perguntas respondidas, é hora de pensar no espaço do mercadinho. Ele precisa ser amplo e ter uma porta larga para entrada e saída constante. Vai ser um espaço alugado ou na sua própria casa? Caso você acredite que seja necessário realizar uma reforma para melhorar o local, esse investimento deve valer a pena.  

Além disso, o ponto comercial precisa ter uma boa visibilidade para que os clientes e futuros clientes possam ter curiosidade pelo local. Ter um estacionamento pode ser o diferencial do seu negócio, então, caso seja possível, monte um pequeno local para que seus clientes deixem seus automóveis.  

Investimentos necessários 

Os primeiros investimentos começam com a decisão do ponto comercial e da necessidade, ou não, de reformas. O local precisa ser confortável e arejado para o cliente. Nestes tempos de pandemia, o gestor Ivan Moreira alerta para a necessidade de uma tele entrega. “Isso já deve ser incorporado de imediato e você precisa apresentar essa vantagem para o cliente, mostrando, também, seu cuidado com a higienização”, afirma. 

Principais equipamentos  

O investimento maior deve ser em produtos, mas é preciso uma estrutura base para iniciar o funcionamento de um mercadinho. Entre eles são: 

  • Gôndolas: o equipamento é um acessório independente usado pelos varejistas para exibir mercadorias e organizar mercadorias nos corredores dos mercadinhos 
  • Prateleiras: esse material de plano horizontal é usado em lojas para armazenar itens que estão sendo exibidos, armazenados ou oferecidos para venda 
  • Freezers: Caso venda congelados e produtos que necessitem de uma refrigeração como carnes, iogurtes e afins irá precisar de um ou mais freezers. Há ainda o expositor vertical com refrigeração, semelhante a uma geladeira onde geralmente os estabelecimentos comerciais colocam garrafas, manteigas, entre outros. 
  • Caixa: Para registrar as vendas, é necessário um equipamento para a organização do fluxo financeiro do estabelecimento.  

Licenças necessárias  

O mercadinho só pode entrar em funcionamento mediante alvará expedido pela Vigilância Sanitária da cidade. Por isso, é preciso entrar em contato com a prefeitura do seu município.  

Além disso, o proprietário precisa fazer o registro como pessoa jurídica. Esta parte é necessária para conseguir um CNPJ, número da empresa diante da Receita Federal do Brasil, como um CPF para pessoa jurídica. O gestor Ivan Moreira alerta para a necessidade de um contador, principalmente, para que a organização da papelada seja feita da melhor forma, de modo a evitar erros.  

Vale lembrar que, caso o mercadinho opte por vender frios, é necessário ter uma visita da Vigilância Sanitária para inspecionar os locais de venda e armazenamento. Para isso, é preciso estar cadastrado no Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária, o CMVS, do Sistema Estadual de Vigilância Sanitária, o SEVISA. Dessa forma, os agentes irão visitar o estabelecimento e em seguida verificar se o espaço merece ou não uma autorização para funcionamento, que é sempre atualizada ao menos anualmente.