Mulher denuncia abuso em show de Henrique e Juliano após vídeo do ato circular nas redes
Moça diz que descobriu o crime ao receber a gravação
A cabeleireira Géssica Gomes dos Santos, de 31 anos, afirma que foi vítima de estupro durante um show da dupla Henrique e Juliano, realizado no dia 5 de junho em Goiânia, Goiás. As imagens do suposto crime ainda foram expostas nas redes sociais.
A mulher relatou que não lembra do que aconteceu e descobriu que foi abusada ao receber a gravação do ato sexual, no dia seguinte ao evento, 6 de junho.
"Lembro de estar bebendo cerveja, depois de uma luz no meu rosto e de falar 'apaga a luz', mas não tinha noção do que estava acontecendo, muito menos de que tinha alguém filmando. […] Minha vida não é mais a mesma depois dessa exposição toda. Quero expor a minha versão", desabafou em entrevista ao portal g1.
À publicação, a dupla sertaneja disse que não teve conhecimento sobre o caso.
Segundo a profissional de beleza, o vídeo que mostra o abuso foi compartilhado com um relato de que ela e o marido teriam ganhado uma garrafa de uísque em troca de sexo. No entanto, como ela explica, essa versão não é verdadeira. Na realidade, a moça suspeita que foi dopada, já que não lembra o que aconteceu.
Géssica tem duas filhas — uma de 7 e outra de 15 anos — e disse que a divulgação das imagens e do boato afetou a família inteira.
"Jamais faria uma coisa dessas, nem uísque eu bebo. Meu marido também nunca deixaria isso acontecer. Quem filmou e enviou o vídeo divulgou [meus perfis nas redes sociais] e meu número”, relatou ao g1.
Ainda conforme a mulher, o esposo também não tem memória do que aconteceu. Além dela, ele também estaria sendo alvo de chacota e, mesmo estando no local com ela, não teve reação, pois, segundo a esposa, não entendia o que estava acontecendo.
Géssica disse que, após a publicação do vídeo nas redes sociais, recebeu mensagens de pessoas a julgando, perdeu clientes no salão e é alvo de piadas. Segundo ela, devido a isso não está conseguindo trabalhar.
Denúncia
A cabeleireira tentou denunciar o crime, no dia 7 de junho, ao procurar o 1º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, cidade onde mora, na Região Metropolitana da capital, mas, segundo ela, foi orientada a não registrar o caso.
"O homem que me recebeu disse que não valia a pena registrar, que logo as pessoas iam esquecer, que eu ia acabar me expondo mais, então voltei para casa."
Géssica só conseguiu fazer um boletim de ocorrência no dia 13 de junho, na Delegacia da Mulher.
Ao g1, a Polícia Civil informou que "a vítima foi regularmente atendida e registrou ocorrência dias depois do fato". Ainda conforme a corporação, "foi instaurado inquérito para apurar o crime de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia".
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