Acidente em Minas Gerais que matou mais de 30 pessoas é maior tragédia em estradas federais desde 2007, diz PRF
Acidente foi registrado na madrugada deste sábado (21), no município de Teófilo Otoni
Um acidente entre um carro, um ônibus e uma carreta deixou ao menos 38 mortos na altura do km 286 da BR-116, próximo à comunidade rural da Lajinha, no município de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, na madrugada deste sábado (21).
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), esta é a maior tragédia registrada em estradas federais desde 2007, data de início da série histórica disponível para consulta.
Veja também
Confira a lista das dez ocorrências mais letais dos últimos 18 anos apenas em rodovias federais:
• 38 mortos - Teófilo Otoni (MG) - 2024
• 33 mortos - Nova Itarina (BA) - 2011
• 26 mortos - Descanso (SC) - 2011
• 23 mortos - Gavião (BA) - 2024
• 21 mortos - Guarapari (ES) - 2017
• 19 mortos - Guaratuba (PR) - 2021
• 17 mortos - Canindé (CE) - 2014
• 15 mortos - Curvelo (MG) - 2012
• 15 mortos - Guapimirim (RJ) - 2012
• 15 mortos - Nova Laranjeiras (PR) - 2012
• 15 mortos - Ouro Preto do Oeste (RO) - 2008
Entretanto, os dados não contabilizam os graves acidentes registrados em rodovias estaduais nos últimos anos.
Acidente com ônibus
No acidente deste sábado, o Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 4h para combater um incêndio no ônibus. O veículo havia saído de São Paulo e levaria 45 passageiros à cidade de Vitória da Conquista, na Bahia.
O acidente aconteceu após um pneu do ônibus estourar e o motorista perder o controle da direção, colidindo com uma carreta. Um carro que vinha atrás do ônibus se envolveu no acidente, mas as três pessoas que estavam no veículo saíram com vida, ainda que em estado grave de saúde.
Indícios de uma investigação inicial da PRF apontam que a carreta pode ter soltado um pedaço de granito na via, que supostamente teria atingido o ônibus e iniciado o incêndio. As informações são de que a maioria das mortes foi causada pelo incêndio.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 13 pessoas que estavam no ônibus sobreviveram e foram encaminhadas para atendimento médico.
Até a manhã deste sábado, os militares aguardavam um guincho para destombar o ônibus, acessar o fundo do veículo e retirar o restante das vítimas.
Em nota, a empresa EMTRAM, responsável pelo veículo, lamentou o acidente e disse que está “empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico”.