O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nessa terça-feira (7), não descartar a possibilidade de executar ações militares que permitiriam assumir o controle do território dinamarquês da Groenlândia e do Canal do Panamá, respectivamente localizados nas Américas do Norte e Central. O político ainda sugeriu anexar o Canadá aos EUA.
Em entrevista coletiva realizada na Flórida, o mandatário foi questionado se poderia garantir que não usaria as Forças Armadas para anexar o Canal do Panamá — uma artéria vital da navegação mundial — e a Groenlândia — área autônoma da Dinamarca. Trump respondeu: "Posso dizer o seguinte: precisamos deles por razões de segurança econômica. Não vou me comprometer com isso. Pode ser que tenhamos que fazer algo."
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Horas após a declaração, o país da América Central respondeu que o controle do canal "não é negociável". "O presidente [do Panamá] José Raúl Mulino já disse: a soberania de nosso canal não é negociável e é parte de nossa história de luta e uma conquista irreversível", disse o chanceler panamenho Javier Martínez-Acha.
Anteriormente, o político estadunidense já havia dito que gostaria de recuperar o Canal do Panamá — construído pelos Estados Unidos e inaugurado em 1914 — se o preço do pedágio para os navios americanos não fosse reduzido. Nessa terça, ele voltou a criticar o acordo que transferiu em 1999 o controle do canal para o Panamá.
Antes do Natal, Trump afirmou que, "pelo bem da segurança nacional e da liberdade em todo o mundo, os Estados Unidos acreditam que a propriedade e o controle da Groenlândia são uma necessidade absoluta".
O filho do político, Donald Trump Jr., chegou nessa terça-feira como turista ao território autônomo dinamarquês e afirmou que não tinha nenhuma reunião oficial agendada. Ainda assim, declarou que eliminar a fronteira "traçada artificialmente" entre os Estados Unidos e o Canadá representaria uma grande ajuda à segurança nacional.
Anexação do Canadá
Nessa terça, Trump também ressaltou que eliminar a fronteira "artificialmente traçada" entre os Estados Unidos e o território vizinho seria uma grande ajuda para a segurança nacional.
Após o anúncio da renúncia do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, o presidente eleito avaliou que o estado canadense deveria se fundir aos Estados Unidos, sugestão que irritou a nação vizinha.
"Os comentários de Trump mostram uma falta de compreensão total do que torna o Canadá um país forte. Não recuaremos jamais diante das ameaças", publicou nessa terça-feira no X a chanceler canadense, Melanie Joly. Trudeau acrescentou: "O Canadá jamais fará parte dos Estados Unidos."
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