Quem é Nancy Pelosi e por que sua possível visita a Taiwan gera tanta repercussão
China alertou, nesta terça-feira (2), que o governo dos Estados Unidos "pagará o preço" se a presidente da Câmara de Representantes americana visitar cidade
Nancy Pelosi, 82, iniciou, nesta segunda-feira (1º), uma viagem pela Ásia. Em simultâneo, a China ameaçou os Estados Unidos caso a líder da Câmara norte-americana visite Taiwan. Como proteção, o itinerário da viagem da democrata ainda é mantido em segredo por conta de tensões.
Atualização - A CNN informou, em matéria às 12h07 (horário de Brasília), que o avião da Força Aérea dos Estados Unidos transportando a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, aterrissou em Taiwan
Quem é Nancy Pelosi
Natural de Baltimore, em Maryland, a americana Nancy Pelosi é a 52ª presidente da Câmara dos Representantes, tendo feito história em 2007, quando foi eleita a primeira mulher a ser presidente da Câmara.
Em janeiro de 2019, Nancy Pelosi recuperou posição de segunda na linha de sucessão à presidência – a primeira pessoa a fazê-lo em mais de seis décadas.
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A presidente da Câmara dos Representantes é a principal arquiteta da legislação de definição de geração sob duas administrações democratas, incluindo o Affordable Care Act e o American Rescue Plan.
Atualmente, no quarto mandato como presidente da Câmara, Pelosi está lutando pelo povo: trabalhando para reduzir custos, aumentar os salários e criar empregos para as famílias americanas.
Conflito Taiwan x China
A China considera Taiwan uma das províncias que ainda não conseguiu reunificar com o restante do território desde o fim da guerra civil chinesa.
Pequim cita, reiteradamente, a possibilidade de recuperá-la, inclusive pela força se considerar necessário.
O governo chinês se opõe a qualquer iniciativa que conceda legitimidade internacional às autoridades taiwanesas e a qualquer contato oficial entre Taiwan e outros países.
Visita a Taiwan
Pelosi desembarcou nesta terça-feira na Malásia, onde se reuniu com o primeiro-ministro e o presidente da Câmara dos Deputados do Parlamento, na segunda etapa de sua viagem pela Ásia, após passar por Singapura.
O itinerário inclui escalas na Coreia do Sul e Japão, mas a perspectiva de uma visita a Taiwan continua chamando a atenção.
Em um comunicado, Pelosi afirmou: "estamos comprometidos com um amplo leque de discussões sobre a maneira de alcançar nossos objetivos comuns e tornar segura (a região do) Indo-Pacífico".
A Rússia expressou apoio a sua aliada China, país que se negou a condenar a invasão russa da Ucrânia.
"Washington desestabiliza o mundo. Nem um único conflito solucionado nas últimas décadas, mas muitos provocados", afirmou no Telegram a porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Reação da China
A China alertou, nesta terça-feira (2), que o governo dos Estados Unidos "pagará o preço" se a presidente da Câmara de Representantes americana, Nancy Pelosi, visitar Taiwan durante viagem pela Ásia.
Estados Unidos carregarão a responsabilidade e pagarão o preço por minar a soberania e a segurança da China.
Embora a Casa Branca enfrente uma situação delicada com a viagem, o porta voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, disse que Pelosi "tem o direito" de visitar Taiwan. "Não há motivo para que Pequim transforme uma possível visita, coerente com a política americana há tempos, em uma crise", insistiu
Kirby citou relatórios do serviço de inteligência de que a China prepararia possíveis demonstrações de força militar que poderiam incluir o lançamento de mísseis no Estreito de Taiwan ou incursões de "grande escala" no espaço aéreo taiwanês.
Diante do cenário, o ministério da Defesa de Taiwan afirmou, nesta terça-feira, que o território está "decidido, capaz e confiante" de que conseguirá proteger a ilha das crescentes ameaças da China.