Quem é Claudia Sheinbaum, a primeira mulher a assumir a presidência do México
A política recebeu entre 58% e 60% dos votos no último domingo (2)
A política Claudia Sheinbaum, conhecida por sua candidatura de esquerda, venceu a eleição presidencial do México no último domingo (2). Com isso, ela se torna a primeira mulher a assumir o cargo. Ela recebeu entre 58% e 60% dos votos, 32 pontos à frente da rival de centro-direita Xóchitl Gálvez, segundo a apuração rápida do Instituto Nacional Eleitoral (INE).
A segunda colocada recebeu entre 26% e 28% dos votos. Em discurso emocionado após os resultados, ela apareceu vestida com uma blusa com bordados indígenas. "Não vou decepcioná-los", prometeu.
Como um dos desafios da candidatura, ela busca conter a violência do narcotráfico e de gênero que mata quase 30 mil pessoas por ano.
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Quem é Claudia Sheinbaum?
A política Claudia Sheinbaum, de 61 anos, é uma cientista reconhecida que se dedicou à política e conseguiu se tornar a primeira mulher a ser presidente no México. Ela é neta de avós que chegaram ao México vindos da Bulgária e Lituânia, fugindo da Segunda Guerra Mundial.
Durante a década de 1980, participou do movimento estudantil, projetando sempre seriedade e foco. Na época, ela raramente sorria, e é necessário buscar fotos ou filmes antigos da família para vê-la se divertindo.
Ela tem um mestrado em Engenharia da Energia pela Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Um dos colegas dela, de 1987, falou sobre como Claudia era naquela época. "Nem ela, nem eu éramos de socializar com todo mundo", disse Guillermo Robles.
Depois Sheinbaum fez um Doutorado em Engenharia Ambiental na UNAM, para o qual pesquisou durante quatro anos nos Estados Unidos, e fez parte do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2007.
Prefeita de um distrito da Cidade do México
Como prefeita de um distrito da Cidade do México, enfrentou o desmoronamento de um colégio durante o terremoto de 2017 que matou 26 pessoas, incluindo 19 crianças. Metodicamente, insistiu que as irregularidades na construção não eram culpa da prefeitura.
Durante o período como prefeita da capital (2018-2023), também teve atuação no gerenciamento da pandemia e da queda de uma linha do metrô, que deixou 26 mortos.