Ministro das Relações Exteriores da Rússia ataca a União Europeia e os EUA em discurso na ONU

Sergey Lavrov ainda afirmou que Ocidente conta mentiras sobre a guerra na Ucrânia

Escrito por Redação ,
Legenda: Segundo Lavrov atua como Ministro das Relações Exteriores
Foto: THOMAS KIENZLE / AFP

O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, atacou os Estados Unidos e a União Europeia durante discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, neste sábado (24). Conforme o g1, os ataques duraram cerca de 23 minutos.

Em sua fala, Lavrov ainda afirmou que o Ocidente conta mentiras sobre a guerra na Ucrânia. Para ele, essas "mentiras contadas" dificultam o diálogo com as instituições, além de abalar a confiança no direito internacional.

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Já em relação ao ataque contra os EUA e a União Europeia, disse que ambos "temem perder sua hegemonia" e pediu pelo fim das sanções econômicas impostas por eles. 

"Os EUA e seus aliados querem por fim à marcha da História. Disseram que ganharam a Guerra Fria e se autodenominaram os enviados de Deus à Terra, como se não tivessem obrigações, só o direito sagrado de atuar com total impunidade contra qualquer Estado". 
Sergey Lavrov
Ministro das Relações Exteriores da Rússia

Conforme o g1, o diplomata russo reforçou o discurso de que a Ucrânia tem apoiado grupos neonazistas e a expansão da OTAN em direção à Ásia.

Mudança de encarregado de logística

A Rússia substituiu o mais alto comandante militar para questões logísticas, general Dmitri Bulgakov, pelo coronel-general Mikhail Mizintsev, que agora assume como "responsável pelo fornecimento material e técnico das Forças Armadas". O anúncio foi realizado neste sábado (24) pelo Ministério da Defesa.

Em comunicado oficial, informou que "o general Dmitri Bulgakov foi dispensado de suas funções como vice-ministro da Defesa". Anteriormente, o substituto Mizintsev era responsável por dirigir o Centro de Controle da Defesa Nacional. 

Em meio a essas mudanças, o presidente russo Vladimir Putin ainda assinou, neste sábado, uma lei para endurecer a pena de soldados que se recusarem a combater. O país está tendo dificuldade de invadir a Ucrânia. 

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