85% de fios se soltam do cérebro de primeiro paciente a receber o chip da Neuralink, de Elon Musk

Progressos do primeiro paciente humano a receber chip cerebral da empresa sofreram revés, mas o jovem de 30 anos pretende continuar trabalhando com a companhia

Escrito por Redação ,
Empresa de Elon Musk, Neuralink está fazendo os primeiros testes de dispositivo cerebral em humanos
Legenda: Empresa de Elon Musk, Neuralink está fazendo os primeiros testes de dispositivo cerebral em humanos
Foto: Neuralink / Divulgação; Shutterstock

Reportagem do The New York Times com o primeiro paciente a receber um chip cerebral da Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk, revelou que 85% dos fios que ligavam o implante ao órgão perderam a conexão.

Nolan Arbaugh, de 30 anos, é tetraplégico e se inscreveu para os primeiros testes do dispositivo em humanos. Apesar de progressos iniciais, como a capacidade de mover um cursor de um computador a partir do chip, o experimento começou a falhar em questão de semanas, segundo a reportagem.

Veja também

A empresa de Musk já havia admitido, no início do mês, que o dispositivo implantado no jovem havia enfrentado problemas. Apesar de ter divulgado publicamente uma “diminuição do número de eletrodos efetivos”, a Neuralink não tinha publicizado o total de fios que se desconectaram.

Foi somente com a reportagem do tradicional veículo dos EUA que se tornou público o fato de que apenas 15% dos filamentos continuaram conectados ao cérebro do paciente. O sistema do chip teve que ser reequipado para que o progresso do cursor, por exemplo, pudesse ser recuperado.

A expectativa da equipe da empresa era de que o cérebro do jovem segurasse os fios na base do cérebro a partir da formação de tecido cicatricial. O problema na conexão ressalta a dificuldade da empresa em produzir um dispositivo com boa durabilidade.

Segundo a reportagem, o paciente — que perdeu os movimentos do pescoço para baixo após um acidente durante um mergulho em um lago — já experimentou vários outros dispositivos do tipo até implantar o chip da Neuralink em janeiro deste ano. 

Ao New York Times, Arbaugh afirmou que, apesar dos problemas enfrentados, os avanços conseguidos juntos à empresa valeram a pena. Segundo o jovem, ele pode deixar o estudo da Neuralink após um ano, mas pretende continuar trabalhando com a empresa de Musk por mais tempo.

Assuntos Relacionados