Traição e brigas: esposa que matou PM a tiros em Fortaleza diz ter sido ameaçada com pistola antes de atirar no marido

Mulher afirmou que o casal brigou porque ela descobriu uma relação extraconjugal do agente de segurança

Escrito por
Matheus Facundo matheus.facundo@svm.com.br
(Atualizado às 13:23, em 26 de Dezembro de 2024)
Fachada do DHPP
Legenda: A Polícia Civi segue em investigação
Foto: Divulgação/DHPP

Presa por matar o marido policial militar Wagner Sandys Pinheiro de Lima, Renata Iris de Souza Araújo Pinheiro, de 30 anos, disse a policiais, na noite de sábado (22), um dia antes do crime, descobriu ter sido traída pelo agente de segurança. Os dois brigaram e o PM a teria ameaçado de morte.

Já nessa segunda (23), Renata e Wagner voltaram a discutir, momento em que o PM sacou uma pistola e afirmou novamente que iria matá-la, conforme a mulher relatou aos policiais que a prenderam em flagrante na residência do casal. 

Segundo a decisão da audiência de custódia que converteu a prisão de Renata em preventiva, nesta terça-feira (24), o cabo Wagner teria sacado sua arma e apontado para ela durante a briga. Quando ele se distraiu e tirou a mão do armamento, a mulher contou que tomou a pistola e efetuou dois disparos, "em legítima defesa". 

O caso ocorreu na presença da filha do casal, de oito anos, no bairro Granja Lisboa. Os disparos foram feitos contra as costas do policial militar. Quem ligou para a Polícia foi a própria Renata, indicando que havia atirado no marido. 

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Polícia não encontrou indício de luta corporal

O inquérito policial, que conta com depoimentos dos agentes de segurança que atenderam a ocorrência, indica que as autoridades não identificaram na cena do crime indícios de luta corporal. 

"Por fim, a Autoridade Policial relata que não identificou no local um ambiente que indicasse uma luta corporal entre Renata e Wagner antes do homicídio, bem como não identificou lesões em Renata, ressaltando que os disparos efetuados atingiram as costas da vítima", diz trecho da decisão. 

A decisão de manter Renata presa veio do juiz Henrique Lacerda de Vasconcelos, que entendeu que a natureza do crime e o flagrante foram suficientes. Ele ainda decretou a preventiva para "assegurar a garantia da ordem pública".

 

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