Traição e brigas: esposa que matou PM a tiros em Fortaleza diz ter sido ameaçada com pistola antes de atirar no marido

Mulher afirmou que o casal brigou porque ela descobriu uma relação extraconjugal do agente de segurança

Fachada do DHPP
Legenda: A Polícia Civi segue em investigação
Foto: Divulgação/DHPP

Presa por matar o marido policial militar Wagner Sandys Pinheiro de Lima, Renata Iris de Souza Araújo Pinheiro, de 30 anos, disse em interrogatório que, na noite de sábado (22), um dia antes do crime, descobriu ter sido traída pelo agente de segurança. Os dois brigaram e o PM a teria ameaçado de morte.

Já nessa segunda (23), Renata e Wagner voltaram a discutir, momento em que o PM sacou uma pistola e afirmou novamente que iria matá-la, conforme a mulher relatou aos policiais que a prenderam em flagrante na residência do casal. 

Segundo a decisão da audiência de custódia que converteu a prisão de Renata em preventiva, nesta terça-feira (24), o cabo Wagner teria sacado sua arma e apontado para ela durante a briga. Quando ele se distraiu e tirou a mão do armamento, a mulher contou que tomou o revólver e efetuou dois disparos, "em legítima defesa". 

O caso ocorreu na presença da filha do casal, de oito anos, no bairro Granja Lisboa. Os disparos foram feitos contra as costas do policial militar. Quem ligou para a Polícia foi a própria Renata, indicando que havia atirado no marido. 

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Polícia não encontrou indício de luta corporal

O inquérito policial, que conta com depoimentos dos agentes de segurança que atenderam a ocorrência, indica que as autoridades não identificaram na cena do crime indícios de luta corporal. 

"Por fim, a Autoridade Policial relata que não identificou no local um ambiente que indicasse uma luta corporal entre Renata e Wagner antes do homicídio, bem como não identificou lesões em Renata, ressaltando que os disparos efetuados atingiram as costas da vítima", diz trecho da decisão. 

A decisão de manter Renata presa veio do juiz Henrique Lacerda de Vasconcelos, que entendeu que a natureza do crime e o flagrante foram suficientes. Ele ainda decretou a preventiva para "assegurar a garantia da ordem pública".

 

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