PM demitido por corrupção passiva estava com arma da Corporação; a pistola foi recolhida
O soldado estava em um estabelecimento comercial quando foi abordado por uma composição que havia sido acionada pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops).
Um policial militar já demitido por corrupção passiva foi flagrado em posse de uma arma da Corporação da Polícia Militar do Ceará (PMCE), no dia 23 de outubro deste ano, em Juazeiro do Norte. O soldado Abimael de Oliveira Marques não tinha permissão para a portar a pistola da PMCE e teve a arma recolhida.
[ATUALIZAÇÃO 24/10 às 15h28]
Diferente do que havia sido veiculado, o soldado não foi preso, mas somente interpelado pela composição que verificava a denúncia de que um homem estaria armado no local.
A defesa de Abimael destaca que ele não responde a nenhum procedimento criminal ou inquérito com a data da ocorrência "como também demonstra que o mesmo não foi autuado em flagrante por nenhuma autoridade policial".
Uma fonte da PM informou que Abimael recorreu da decisão administrativa pela demissão e está afastado para tratamento de saúde e não tem permissão de andar armado.
Embora tenha sido abordado por um oficial da PM e a situação sido levada para a Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, por está portando arma da Corporação em desarcordo com a legislação vigente, pois o soldado está afastado do serviço operacional por haver sido demitido da Corporação, aguardando apenas o recurso impetrado pela sua defesa, a autoridade de polícia judiciária entendeu não ser caso de flagrante delito ficando o caso adstrito a transgressão disciplinar.
O armamento, por determinação do Comandante do Batalhão, foi recplhido e um procedimento administrativo será aberto para saber como o soldado conseguiu cautelar uma arma pertencente a Carga da Corporação, estando afastado das funções.
SOBRE A DEMISSÃO
No último mês de setembro, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) informou que o soldado foi retirado da Corporação "em face da prática de atos desonrosos ou ofensivos ao decoro profissional".
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A comissão processante decidiu por unanimidade que o soldado é culpado das acusações apuradas em investigação administrativa, "haja vista ter violado valores e deveres militares estaduais, bem como infringido normas disciplinares de natureza grave".
Consta na publicação oficial que o soldado, enquanto de folga, teria exigido R$ 2 mil de uma vítima de roubo, sob a promessa de entregar a quantia a dois informantes que os levariam ao local onde estavam os objetos roubados.
A informação é que o policial conhecia e mantinha relação de amizade com dois homens envolvidos no roubo ocorrido em Missão Velha, no ano de 2017.
A defesa do processado suscitou a inveracidade das acusações impostas, negando que o policial tivesse recebido vantagem indevida. A defesa alegou que o agente "jamais se utilizou de sua condição de militar para auferir facilidades pessoais de qualquer natureza".