PF apura fraude na Caixa que usou dados de 200 clientes, incluindo falecidos, para saques no Ceará

Funcionário da agência em Itapipoca e um prestador de serviços são alvo de operação nesta quinta-feira (29)

Escrito por Redação ,
Polícia Federal fez busca e apreensão em agência de Itapipoca, nesta quinta-feira (29)
Legenda: Polícia Federal fez busca e apreensão em agência de Itapipoca, nesta quinta-feira (29)
Foto: Divulgação/PF

A segunda fase da operação Noxious da Polícia Federal descobriu que mais de 300 saques fraudulentos foram realizados na Caixa Econômica Federal no Ceará — de abril a junho de 2024 — usando dados de mais de 200 clientes do Estado. Até informações de pessoas falecidas foram usadas. Nesta quinta-feira (29), a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão em Itapipoca, no Interior do Estado, em uma agência onde foi identificada a ação dos criminosos. 

Segundo a PF, os saques fraudados foram registrados em contas de diferentes cidades do Ceará.

A operação é resultado de uma investigação que iniciou após a análise de relatos encaminhados pela Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal (Cefra).

A apuração abrange a atuação de um funcionário da agência, um prestador de serviços e outras pessoas relacionadas a eles, todos suspeitos de envolvimento nas fraudes.

A investigação apontou a ocorrência de saques fraudulentos autorizados manualmente no sistema interno da instituição, sem a presença dos clientes, utilizando as credenciais de um funcionário da agência de Itapipoca. Na primeira fase da operação, a PF contabilizou que as fraudes chegaram ao valor de aproximadamente R$ 300 mil.

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Os crimes investigados incluem associação criminosa, peculato e inserção de dados falsos em sistema de informações, mas outras implicações penais podem ser verificadas no decorrer da investigação – especialmente no que tange à estruturação de uma possível organização criminosa e fraude bancária eletrônica. As penas máximas somadas para esses crimes podem ultrapassar 25 anos de reclusão.

Funcionário foi afastado de serviço por ordem judicial

Conforme a PF, imagens de videomonitoramento e atividades de campo permitiram identificar os principais suspeitos de executar as transações fraudulentas, que foram alvos das ações desta quinta.

Como medida cautelar, o funcionário cuja credencial foi utilizada nos saques fraudulentos foi suspenso das funções públicas por determinação judicial, enquanto as investigações continuam, para esclarecimento dos detalhes do esquema e identificação de possíveis envolvidos.

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