Mosteiro de São Bento é pichado e restos de animais mortos são deixados no local
O crime é investigado pela Polícia Civil como dano; Padre alega que é um crime de intolerância religiosa
Mais um templo religioso foi alvo de intolerância religiosa no bairro Paupina, em Fortaleza. Restos mortais de animais e pichações com ofensas nazistas e ameaças foram feitas no Mosteiro de São Bento, nesta sexta-feira (20). O caso é investigado pela Polícia Civil.
Conforme Dom Marcos, padre responsável pelo local, as pichações foram notadas pela equipe da igreja por volta de 5h50 da manhã. "Após a missa, me informaram, eu desci e conferi. Pichar o Muro do Mosteiro não é apenas algo comum de se ver, é também uma ofensa fé, é um caso de intolerância religiosa, que é um crime", disse o padre.
Ainda segundo o religioso, além dos desenhos, também há frases de ameaça, uma suástica nazistas e ossos de animais mortos no portão do local. "São essas coisas que estão estampadas no muro do Mosteiro em cima de uma pintura que nós tínhamos feito há pouco tempo", continuou.
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O sacerdote garantiu que a Igreja irá se unir neste momento. "Vamos organizar um ato de desagravo, que é um ato de pedido de perdão a Deus por essa ofensa contra a casa dele", informou.
Invasão em Igreja evangélica
O crime que ocorreu no Mosteiro de São Bento é o segundo registrado nesta semana, no mesmo bairro. Uma Igreja evangélica teve o templo invadido, objetos quebrados e um gato esquartejado foi deixado no local. Um bilhete com mensagens e símbolo semelhantes também foram encontrados próximo ao animal.
"Já aconteceu aqui perto do mosteiro, em uma igreja evangélica e agora ocorreu no próprio mosteiro. Então lamentamos e formamos aos fiéis que fiquem tranquilos, isso não nos amedronta, pelo contrário fortalece a nossa fé", afirmou Dom Marcos.
Investigações
O líder religioso do Mosteiro abriu um um Boletim de Ocorrência. "Tomamos as providências jurídicas, fizemos o BO, [juntamos] materiais, nós vamos retomar a pintura e reformar", pontuou.
Em nota, a Secretária de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que o caso é investigado como dano. O 35º Distrito Policial (35º DP), unidade da Polícia Civil, realiza diligências para capturar os envolvidos.