Judiciário agenda primeira audiência para ouvir testemunhas do latrocínio em shopping de Fortaleza

A audiência está programada para acontecer por meio de videoconferência, no dia 1º de dezembro de 2021

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
vitima caroline latrocinio
Legenda: Caroline foi usada como escudo humano durante o tiroteio
Foto: Reprodução

A Justiça agendou data para ouvir testemunhas de acusação e defesa sobre o latrocínio que vitimou Caroline Rocha dentro de um shopping de Fortaleza. A gerente de uma joalheria foi assassinada com um disparo de arma de fogo que, conforme laudos da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), partiu da arma do segurança da loja durante a tentativa de assalto.

A primeira audiência irá acontecer no dia 1º de dezembro de 2021, às 14h. A sessão se dará por meio de videoconferência considerando a restrição de acesso às dependências do Fórum Clóvis Beviláqua, devido à pandemia. A reportagem apurou que até então foram convocadas quatro testemunhas para prestarem depoimentos.

O juiz da 16ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza também ratificou na decisão o recebimento da denúncia enviada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). São réus pelo latrocínio Lúcio Mauro Rodrigues Ferreira, André Luiz dos Santos Nogueira, Antônio Duarte Araújo Eneas, Douglas da Silva Dias e Antônio Jardeson Lima de Moura.

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O nome do segurança não consta na denúncia do órgão ministerial. Advogados de defesa dos réus questionaram a oferta da peça denunciatória antes da emissão dos laudos que apontou de onde partiu o tiro que matou Caroline. No entanto, o juiz destacou que a acusação foi pautada no inquérito policial e que mais fatos devem ser apurados em sede de instrução criminal.

Entendo que não é o caso de absolvição sumária, pois não existe manifesta causa de exclusão da ilicitude ou culpabilidade, não estando extinta a punibilidade do agente"
Francisco das Chagas Gomes
Juiz


Noite do crime

Conforme os autos, Douglas entrou na joalheria portando uma arma de fogo, acompanhado de Antônio Jardeson. A dupla anunciou o assalto e começou o tiroteio. Caroline chegou a ser usada como 'escudo humano' por um dos denunciados.

Quando a mulher é atingida, os assaltantes saem da loja sem levar nada e fogem com ajuda dos comparsas que esperavam no entorno. Lúcio foi apontado como o idealizador do roubo. Uma mulher, identificada apenas como Marina, e que seria a sexta integrante da quadrilha, segue foragida.

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Foto: Reprodução

As câmeras da loja flagraram passo a passo da ação. As imagens foram analisadas por peritos e indicaram que o primeiro disparo efetuado partiu do segurança. A arma utilizada por ele também foi apreendida e passou por perícia. O vigilante, de identidade preservada, trabalhava na joalheria há 15 dias.