Corpo é encontrado dentro de geladeira, no Meireles; suspeitos são soltos em audiência de custódia
Dois suspeitos de ocultação de cadáver chegaram a ser presos pela Polícia Militar, mas foram colocados em liberdade pela Justiça
Um corpo de um homem foi encontrado dentro de uma geladeira, no bairro Meireles, em Fortaleza. Dois suspeitos de ocultação de cadáver chegaram a ser presos pela Polícia Militar do Ceará (PMCE), mas já foram soltos pela Justiça Estadual, em audiência de custódia, na última quinta-feira (12).
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Amilton Assunção Santos, de 44 anos, e Igor Vinicius Siqueira Gomes da Silva, 21, foram presos em flagrante, poucas horas após a Polícia encontrar um corpo do sexo masculino (ainda não identificado), no interior do eletrodoméstico, no cruzamento da Rua Francisco Dias Ribeiro com Avenida Historiador Raimundo Girão, na manhã da última quarta (11).
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A prisão da dupla foi possível após diligências dos policiais militares nas quais identificaram, por meio do videomonitoramento na região, que a dupla foi responsável por colocar o corpo naquele local. A 1ª Delegacia do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) segue diligenciando para identificar o envolvimento da dupla na morte, bem como localizar outros partícipes da ação criminosa."
Os suspeitos foram levados ao DHPP e autuados em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver. Ao serem interrogados, eles contaram que estavam na Comunidade do Oitão Preto em busca de droga, quando receberam uma proposta de outro homem para desovarem um corpo, dentro de uma geladeira, em troca de crack, e aceitaram.
Ainda segundo os suspeitos, a vítima é um homem que cometia roubos na região, o que não foi aceito por uma facção criminosa carioca, que domina o tráfico de drogas na região.
Justiça solta dupla no dia seguinte
No dia seguinte à prisão, a 17ª Vara Criminal - Vara de Audiências de Custódia decidiu por conceder liberdade provisória à dupla, "por não haver razões para a decretação da prisão preventiva".
Amilton Santos já respondeu por tráfico de drogas. "Embora o autuado apresente condenação por crime doloso transitada em julgado, conforme certidão acostada aos autos, não verifico qualquer relevância quanto às circunstâncias do crime imputado, de modo a revelar uma especial gravidade em concreto quejustifique a medida extrema pleiteada. Não vejo, diante de tais informações, ameaça séria à ordem pública, com a liberdade do custodiado, que é a regra", justificou o juiz Andre Teixeira Gurgel.