Condenado a 19 anos de prisão por matar jovem durante festa em Fortaleza é procurado pela Justiça

Segundo a Justiça, o autor do crime é integrante da facção criminosa Comando Vermelho e matou a vítima "para ser reconhecido" pela facção

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
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Legenda: O suspeito segue foragido há mais de sete anos

Um integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV), condenado a 19 anos e três meses de prisão na Justiça cearense, segue foragido. Francisco Antônio de Sousa Alves, o 'Irmãozinho', foi sentenciado no último dia 12 de junho. Ele já vem sendo procurado há mais de sete anos, desde a data do assassinato.

'Irmãozinho' é acusado de matar um adolescente de 14 anos, no bairro Demócrito Rocha, em Fortaleza, em janeiro de 2017. Conforme a juíza que proferiu a sentença, o homicídio é considerado triplamente qualificado e o mandado de prisão segue pendente de cumprimento.

Consta na denúncia que "as circunstâncias do delito traduzem a gravidade concreta da conduta imputada ao réu, praticada em concurso de pessoas e com extrema violência, consistente em homicídio triplamente qualificado, mediante diversos disparos de arma de fogo em plena via pública, dos quais nove disparos atingiram a vítima, que era um adolescente de 14 anos de idade, são circunstâncias que evidenciam a periculosidade do acusado, justificando a manutenção da medida extrema para garantia da ordem pública"

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A magistrada destaca que "como não foi possível intimá-lo pessoalmente, pelo presente edital fica intimado da mencionada sentença, da qual poderá interpor, dentro de 5  dias o recurso cabível sob pena de ver passar em julgado"

MOTIVAÇÃO DO CRIME

Segundo a acusação, Francisco Antônio e seu comparsa, Alexandre Max Moura Miranda (que morreu ao longo da instrução processual) agiram juntos e com uso de arma de fogo para assassinar Franceilton de Almeida Sales, o 'Nenê'.

A vítima estava acompanhada de um amigo em uma festa de reggae que sempre acontecia às quartas-feiras. Ao localizarem o alvo, os acusados sacaram armas de fogo e "sem qualquer nova conversa ou discussão, passaram a efetuar, impiedosamente, vários disparos em direção ao adolescente".

"Em seguida, os atiradores deixaram o sítio delito, sem demonstrar preocupação e com indiferença aos populares que presenciaram a cena"
Trecho da denúncia

O crime teria sido motivado porque a dupla tinha "objetivo de ganhar projeção no mundo da criminalidade (possivelmente dentro da própria facção criminosa a que eram ligados, que, segundo a Autoridade Policial, seria o Comando Vermelho)".

Em outubro de 2023 o réu foi pronunciado, ou seja, houve a decisão que ele iria a Júri Popular. Na sentença, a magistrada acrescentou ainda que ao longo dos anos já houve várias diligências "empreendidas na tentativa de sua localização".

 

 

 

 

 

 

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