Acusados de matar coroinha em Fortaleza a tiros e espancamento vão a júri

A Justiça decidiu pela pronúncia de quatro réus. O crime completou um ano no último mês de agosto

Escrito por Redação , seguranca@svm.com.br
morte coroinha jefferson
Legenda: O menino de 14 anos não tinha envolvimento com facções criminosas
Foto: Reprodução/Facebook

Os acusados de matar o coroinha Jefferson de Brito Teixeira, de 14 anos, vão a júri popular. Robson Vasconcelos, David Hugo Bezerra da Silva, José Jorge Sousa Oliveira e Antônio Ivo do Nascimento Fernandes foram pronunciados por decisão proferida na 3ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza.

A decisão do magistrado pontua que os indícios de autoria embasam a pronúncia e levam os denunciados pelo homicídio brutal que completou um ano no último mês de agosto ao Tribunal do Júri. Enzo Gabriel Jacaúna de Oliveira Xavier, também acusado pelo crime, teve seu processo apartado em razão de ter sido preso recentemente no Rio de Janeiro.

Apesar da decisão da pronúncia, ainda não há data prevista para o julgamento acontecer.

O coroinha foi agredido com socos, pontapés, tijoladas e por fim alvejado a tiros na Barra do Ceará. A vítima foi confundida com membro de uma facção criminosa rival àquela predominante na região. José Jorge e David Hugo estavam em liberdade há poucas horas. Foi constatado na investigação que a dupla utilizava tornozeleiras eletrônicas no dia da morte do coroinha, e rompeu o monitoramento.

Os suspeitos de participar do crime indicaram ao longo dos depoimentos que Jefferson teria três cortes na sobrancelha, símbolo que faz referência a uma facção. Robson Vasconcelos chegou a confessar ter espancado o adolescente e no interrogatório explicou aos policiais os porquês das agressões. 

Segundo o denunciado, Jefferson tentou roubar o celular de uma mulher, e aquela cena o revoltou. Foi então que ele teria arrastado o adolescente até uma viela e lá percebido que a vítima tinha três cortes na sobrancelha. Consta nos autos que o suspeito pegou um tijolo e um pau e continuou as agressões. 

Robson ainda afirmou que saiu do local sabendo que tinha deixado a vítima em estado grave, mas não disparou tiros. Na volta ao local de trabalho, em um box de venda de peixes na Vila do Mar, disse ao patrão que havia cometido uma besteira. Horas depois teria recebido informação que cinco homens dispararam contra o adolescente.


 

 

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