Verdureiro que perdeu carro e R$ 2,7 mil em incêndio compra novo veículo com dinheiro de vaquinha

Em três dias, familiares e amigos conseguiram arrecadar R$ 25 mil para Revildo Limeira voltar a trabalhar

Escrito por Redação ,
Carro queimado
Legenda: O acidente ocorreu na madrugada do último domingo (6), em Crato, na Região do Cariri
Foto: Jackson Silvestre dos Santos / Arquivo Pessoal

Após perder o carro de trabalho e R$ 2,7 mil para comprar mercadoria durante um incêndio, o feirante Revildo Limeira da Silva, de 53 anos, conseguiu comprar um novo veículo com R$ 25 mil arrecadados em vaquinha feita por amigos e familiares, em Crato, no Interior do Ceará. 

A mobilização começou na segunda-feira (7) e, na quarta-feira (9), já haviam angariado o valor para ajudar o verdureiro. Com o recurso em mãos, Revildo comprou um carro usado Fiat Strada, do ano de 2009. 

Ele também reservou R$ 1 mil para comprar os alimentos e voltar a revendê-los na feira. 

“Estou me sentindo muito feliz e agradecido por tudo. Graças a Deus, eu não morri (nesse acidente) e estou aqui, comprei meu carro com a ajuda de todo mundo, voltarei a trabalhar e terei de novo como conseguir meu pão de cada dia”, comemorou.

Carro queimado
Legenda: O carro ficou completamente destruído
Foto: Jackson Silvestre dos Santos / Arquivo Pessoal

Amigos e familiares iniciaram uma vaquinha com o intuito de ajudar o feirante. Todo o valor que ele tinha foi queimado com o carro, que ficou destruído. O acidente foi provocado por uma pane elétrica e ocorreu na madrugada do último domingo (6) 

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o carro já havia sido tomado pelas chamas. Revildo conta que ficou desesperado. “Eu compro fiado e sempre vou para Juazeiro do Norte pagar a dívida e, assim, poder comprar de novo e vender minhas verduras", explica. "Então, guardei o dinheiro embaixo do banco, pois tenho medo de roubos, e aconteceu isso”, lamenta.

CARRO PARA VENDAS ERA A ÚNICA RENDA DA FAMÍLIA

O profissional relata ter na atividade a única fonte de renda para uma família de seis integrantes. O subtenente Roberto Bento afirmou que no momento da ocorrência Revildo estava "chorando muito" e inconsolável. 

“Minhas pernas e mãos eram esse carro. Eu sou verdureiro desde criança. Minha mãe trabalhava com isso e foi a herança que ela me deixou”, disse o feirante após o acidente. 

“Eu e minha esposa trabalhamos juntos na banca e sustentamos minha filha e três netos, pois meu filho morreu há um ano e ficamos com as crianças”,  complementa.  

O vizinho do feirante, Jackson dos Santos, registrou o momento do incêndio. “Tive a ideia de fazer a vaquinha com outros colegas para tentar ajudá-lo a comprar outro carro”, explica. 

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