Servidores da Adagri fazem protesto por aumento salarial

Fortaleza. Servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) realizaram, ontem, ato de protesto para reivindicar aumento salarial. Na Capital, manifestantes fizeram concentração pela manhã em frente à sede da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), localizada na Avenida Bezerra de Menezes.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Adagri, Dimas Oliveira, informou que o objetivo da manifestação foi no sentido de pressionar o governo para o atendimento do principal pleito da categoria, que é o pagamento de salário base de R$ 5.500, para os funcionários de nível superior, e 50% desse valor, para os de nível médio.

Segundo Dimas, a concentração em Fortaleza reuniu cerca de 30 servidores e chegou a parar parcialmente 40 escritórios da Agência no Estado, envolvendo 130 servidores.

Em pelo menos nove municípios, conforme salientou, a paralisação chegou a 100%: Mauriti, Crato, Pacajus, Maranguape, Caucaia, Tianguá, Iguatu, Limoeiro do Norte e Acopiara.

Negociação

Dimas explicou que a categoria se encontra em estado de greve desde o dia 18 de janeiro deste ano. De lá para cá, de acordo com ele, foram feitos vários encaminhamentos para uma audiência com o governador, mas sequer foram recebidos pelo chefe de gabinete.

"Nós achamos justa a nossa reivindicação porque, dentre todas as agências de defesa agropecuária do País, temos os salários mais baixos", afirmou. Ele lembrou que há dois anos houve o reconhecimento da SDA para pagamento de 8,5 salários mínimos para engenheiros e médicos veterinários, o que não foi extensivo à Adagri.

Dimas informou que após o ato de ontem, haverá uma avaliação das lideranças do movimento na próxima semana. Caso não haja uma sinalização positiva para o atendimento do pleito, será discutida uma greve geral a partir do próximo dia 7.

A paralisação, segundo o Sindicato, comprometeu os serviços de emissão do Guia de Trânsito Animal (GTA), Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), emissão de ficha sanitária (necessária para que o produtor possa captar o milho fornecido pela Conab e paralisou as atividades do posto de fiscalização na Ceasa de Maracanaú, que é vinculado ao escritório de Maranguape.

O presidente da Adagri, Augusto Júnior, afirmou desconhecer a paralisação total em alguns escritórios da Agência. No entanto, salientou que mesmo que isso ocorra ou venha a ocorrer se dará fora de um processo de legalidade. "A questão é que os servidores criaram um sindicato, mas até o momento não contam com uma conta sindical que dê legitimidade à entidade", salientou.

Augusto Júnior disse que a reivindicação salarial carece de uma justificativa ainda não apresentada pelas lideranças, uma vez que representa num aumento de 200%.

"Além do salário base, nós pagamos 40% de gratificação e mais outros benefícios, de acordo com a especialização profissional do servidor", afirmou.

Mais informações:

Adagri
Av. Bezerra de Menezes, 1820
São Gerardo

Telefone: (85) 3101.2500
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Marcus Peixoto
Repórter