Esporte tem origem na década de 40

Não há nenhum registro preciso da origem das vaquejadas no Nordeste brasileiro. Entretanto, historiadores dão conta de que na década de 40, o esporte era conhecido como corrida de mourão e tornou-se muito popular na região. Não eram competições, como acontece hoje, tratavam-se de apresentações onde os vaqueiros mostravam como faziam na lida do gado nos sertões nordestinos.

Eles vestiam suas roupas (gibões) de couro para se proteger da vegetação seca e tentavam derrubar o animal em movimento. A atividade começou a se tornar um esporte popular na medida em que os vaqueiros do sul da Bahia ao norte do Ceará, começaram a tornar públicas suas habilidades.

Eram muitas as dificuldades na lida com o rebanho, já que os bois eram criados soltos na caatinga e no cerrado, e os vaqueiros precisavam de muita habilidade e coragem para se livrarem dos espinhos e pontas de galhos secos que entrelaçavam seu caminho, principalmente quando tinham que derrubar o animal, pelo rabo, quando o mesmo precisava de alguma assistência.

Hoje, o esporte da vaquejada é a festa que mais retrata o ciclo do gado nordestino. Antes marcava o encerramento festivo de uma etapa de trabalho que consistia na reunião do gado para ferrá-lo, castrá-lo e depois conduzi-lo para as áreas de pasto, chamadas de invernadas. Entretanto, os coronéis e senhores de engenho perceberam que a atividade poderia ser um lazer para as suas mulheres seus filhos, daí, tornou a vaquejada um esporte e hoje o evento utiliza os dois personagens: o vaqueiro e o boi.

REGRAS - A competição é realizada em uma pista de 120 metros de comprimento por 30 metros de largura. O boi tem que ser derrubado entre duas faixas de 10 metros. Nesta área será válido o ponto somente quando o boi, ao cair, mostrar as quatro patas e levantar-se dentro das faixas de classificação. O boi será julgado de pé; deitado, somente caso não tenha condições de levantar-se. Entretanto, o animal que cair em cima da faixa receberá nota zero de imediato.

Cada dupla tem o vaqueiro de esteira, cujo tarefa é ajudar o puxador, ajeitando e alinhado o boi na pista, e o competidor que segura o boi pelo rabo e derruba entre as linhas determinadas. Cada dupla terá direito a inscrever o o animal designado para puxar em apenas uma vaquejada, estando o vaqueiro permitido a participar de duas provas. “Se o puxador derrubar o boi entre as faixas então Valeu boi”, conta Geraldo Mesquita, ressaltando que assim a dupla ganha seu respectivo ponto.

Para a escolha do campeão de um circuito, já que a competição conta, quase sempre, com mais de 300 competidores, a disputa é feita na decrescente, ou seja, da última colocação para a primeira.

O circuito é disputado em dois dias, somando um total de seis bois por cada inscrito.