Corpo de bebê que teria recebido medicação errada é enterrado em Pacatuba

Na noite desta terça-feira (10), o enterro foi interrompido quando o corpo da recém-nascida já estava no cemitério. A Perícia Forense pediu para refazer a coleta de sangue para o exame cadavérico

Escrito por Redação , regiao@svm.com.br

O corpo da pequena Ana Laura, morta no último dia 09, após supostamente ter recebido medicação errada no Hospital São Camilo, em Itapipoca, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (11), no cemitério São João Batista, em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O sepultamento iria acontecer na noite de ontem (10) mas, quando o corpo já chegava ao cemitério, a família recebeu a informação que a coleta de sangue feita horas antes pela Perícia Forense, em Fortaleza, teria que ser repetida.

“Eles pediram para não enterrar. Disseram que teria que ser feito outro exame e o enterro foi cancelado. Todos nós já estávamos no cemitério quando o corpo teve que voltar para Fortaleza”, descreveu Edilania Fialho, tia da bebê.  

Em nota, a Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) informou que realizou ontem (10) os “exames cadavérico e houve a coleta de amostra de sangue para análise laboratorial. No entanto, a amostra coletada hemolisou (coagulou) e foi solicitado à família uma nova coleta de sangue no corpo da criança”.  

Ainda segundo a Comel, “a realização do exame laboratorial se faz necessária para a elaboração do laudo mais robusto para a detecção da causa da morte da criança”. Segundo a família de Ana Laura, a “Pefoce teria dito que o resultado sairá em até 15 dias”. A reportagem do Sistema Verdes Mares tentou confirmar essa informação, mas não obteve retorno.

Entenda o caso 

Conforme familiares, a pequena Ana Laura teria morrido instantes depois de receber uma injeção, na manhã desta segunda-feira (9), no hospital São Camilo, em Itapipoca. Edilania Fialho disse ao Sistema Verdes Mares que “quando a enfermeira chegou para aplicar a injeção na bebê, a minha cunhada percebeu que estava algo errado. A cor da medicação era diferente das outras e a agulha mais grossa. Ela ainda alertou a enfermeira, mas mesmo assim a injeção foi aplicada. Segundos depois ela ficou roxa e depois morreu”, relata.

A mãe da criança foi diagnóstica com sífilis e, por isso, ela e a filha, foram submetidas a tratamento logo após o parto, que aconteceu no último dia 6 de novembro. O caso foi registrado na Delegacia de Itapipoca e a polícia investiga. O exame da Perícia Forense identificará a causa da morte e vai auxiliar o trabalho da polícia. 

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