Cidade oferece condições para Bispado
Escrito por
Redação
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Em poucas décadas, Juazeiro tornou-se o maior centro comercial e industrial do Interior do Ceará, causando impacto regional e surpresa aos estudiosos. Ao conferir seu diversificado empório de indústrias regionais e artesanais, para estudo publicado em 1967, pela Fundação Joaquim Nabuco, de Pernambuco, o professor Sylvio Rabello descobriu, espantado, Juazeiro do Norte como o principal centro de comércio de ouro do Nordeste, reunindo, na época, 1.300 artífices em 150 ourivesarias atuantes.
Conforme ele: “Não deixa de ser surpreendente que, em localidade tão distante dos centros de mineração e de produção de ouro, apareçam tantos ourives como em Juazeiro. Os ourives do Juazeiro deixam um certo mistério sobre onde adquirem a matéria-prima de sua indústria... Dizem, vagamente, que mandam comprar em Santarém por emissários que conhecem o mercado aurífero da região amazônica”.
Bispado
Grandeza do Juazeiro hoje, com uma população fixa de quase 300 mil habitantes e uma população flutuante de mais de dois milhões de católicos, ao longo do ano, exige que o Vaticano avalie, seriamente, a criação do seu Bispado, um dos poucos sonhos do Padre Cícero não concretizado.
Obviamente, não se trata de uma iniciativa contra o atual Bispado do Crato e, sim, de uma iniciativa a favor das necessidades do Juazeiro, conforme sua real dimensão e sua crescente importância no cenário religioso, social e econômico do Nordeste.
Mutações e transformações fazem parte da história das cidades e das nações. Umas progridem mais do que outras, algumas param no tempo e ainda outras entram em decadência. Constantinopla foi a glória do Império Bizantino. Roma foi a capital do mundo que é hoje Nova Iorque. Cartago, ex-capital da África cristã, dominou a região do Mediterrâneo.
Em terras do Brasil, no Ceará mesmo, considerado “monumento nacional”, Icó teve seu período fausto de nobreza e de riqueza no século XVIII, depois entrou em declínio e cedeu sua liderança para outras cidades mais jovens, porém permanece no podium da História.
Supremacia
Da mesma forma, Crato, palco de extensão no Ceará da Revolução de 1817 e da Confederação do Equador em 1824, em Pernambuco, tem e terá sempre sua história admirada e respeitada na história do Ceará. Como Olinda, primeira capital de Pernambuco. Como Ouro Preto, em Minas Gerais. Como Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro.
Entretanto, assim como o Recife superou Olinda e o Rio superou Salvador, Juazeiro também conquistou a supremacia no Cariri. Deixou, há muito tempo, de ser apenas um grande centro religioso, dos maiores do Brasil, transformando-se em dinâmico e progressista centro comercial, industrial e educacional do Nordeste.
Por sua extraordinária vocação para o progresso em todos os campos de atividades humanas, Juazeiro do Norte tem despertado atenção e atração. Surpreendentemente, tem sido assim desde há quase 100 anos. Sempre foi refúgio para sobreviventes de “vidas secas” do mundo de Graciliano Ramos e terra de oportunidades aos que buscam prosperidade. Dessa maneira, o município chegou ao ponto em que se destaca hoje como um dos 73 mesopolos econômicos do Brasil.
Influência
Curiosamente, nessa condição, conforme estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), dos 11 macropólos econômicos nacionais, São Paulo, o principal, no distante Sudeste, é o que tem maior influência sobre Juazeiro, no Interior do Nordeste. Explicam-se, assim, as intensas relações comerciais que a principal cidade do Vale do Cariri mantém com São Paulo.
Tão intensas, diversificadas e abrangentes são essas relações que Juazeiro passou a ser chamado, carinhosamente, de “São Paulo em miniatura”.
Conforme ele: “Não deixa de ser surpreendente que, em localidade tão distante dos centros de mineração e de produção de ouro, apareçam tantos ourives como em Juazeiro. Os ourives do Juazeiro deixam um certo mistério sobre onde adquirem a matéria-prima de sua indústria... Dizem, vagamente, que mandam comprar em Santarém por emissários que conhecem o mercado aurífero da região amazônica”.
Bispado
Grandeza do Juazeiro hoje, com uma população fixa de quase 300 mil habitantes e uma população flutuante de mais de dois milhões de católicos, ao longo do ano, exige que o Vaticano avalie, seriamente, a criação do seu Bispado, um dos poucos sonhos do Padre Cícero não concretizado.
Obviamente, não se trata de uma iniciativa contra o atual Bispado do Crato e, sim, de uma iniciativa a favor das necessidades do Juazeiro, conforme sua real dimensão e sua crescente importância no cenário religioso, social e econômico do Nordeste.
Mutações e transformações fazem parte da história das cidades e das nações. Umas progridem mais do que outras, algumas param no tempo e ainda outras entram em decadência. Constantinopla foi a glória do Império Bizantino. Roma foi a capital do mundo que é hoje Nova Iorque. Cartago, ex-capital da África cristã, dominou a região do Mediterrâneo.
Em terras do Brasil, no Ceará mesmo, considerado “monumento nacional”, Icó teve seu período fausto de nobreza e de riqueza no século XVIII, depois entrou em declínio e cedeu sua liderança para outras cidades mais jovens, porém permanece no podium da História.
Supremacia
Da mesma forma, Crato, palco de extensão no Ceará da Revolução de 1817 e da Confederação do Equador em 1824, em Pernambuco, tem e terá sempre sua história admirada e respeitada na história do Ceará. Como Olinda, primeira capital de Pernambuco. Como Ouro Preto, em Minas Gerais. Como Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro.
Entretanto, assim como o Recife superou Olinda e o Rio superou Salvador, Juazeiro também conquistou a supremacia no Cariri. Deixou, há muito tempo, de ser apenas um grande centro religioso, dos maiores do Brasil, transformando-se em dinâmico e progressista centro comercial, industrial e educacional do Nordeste.
Por sua extraordinária vocação para o progresso em todos os campos de atividades humanas, Juazeiro do Norte tem despertado atenção e atração. Surpreendentemente, tem sido assim desde há quase 100 anos. Sempre foi refúgio para sobreviventes de “vidas secas” do mundo de Graciliano Ramos e terra de oportunidades aos que buscam prosperidade. Dessa maneira, o município chegou ao ponto em que se destaca hoje como um dos 73 mesopolos econômicos do Brasil.
Influência
Curiosamente, nessa condição, conforme estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), dos 11 macropólos econômicos nacionais, São Paulo, o principal, no distante Sudeste, é o que tem maior influência sobre Juazeiro, no Interior do Nordeste. Explicam-se, assim, as intensas relações comerciais que a principal cidade do Vale do Cariri mantém com São Paulo.
Tão intensas, diversificadas e abrangentes são essas relações que Juazeiro passou a ser chamado, carinhosamente, de “São Paulo em miniatura”.