Áreas com seca moderada aumentam no Ceará

Em maio último, o percentual do território cearense com quadro moderado de estiagem era de 52,25% e em junho passou para 58,77%

Escrito por Honório Barbosa , honorio.barbosa@svm.com.br
Seca
Legenda: Nos próximos seis meses, são esperados déficits hídricos na região semiárida nordestina
Foto: Honório Barbosa

O mais recente levantamento do Monitor de Secas aponta que, no Ceará, áreas com seca moderada foram ampliadas em junho passado em comparação como mês anterior (maio), passando de 52,25% do seu território para 58,77%.

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) explicou que o aumento de áreas de seca moderada em 6,52% decorre do período de escassez de chuvas, que começa em junho e se estende até dezembro próximo, que é o período de pós-estação chuvosa.

O avanço de áreas de seca moderada no Ceará foi observado em junho passado no Sul e na faixa litorânea. Na avaliação de meteorologistas da Funceme, “os impactos são de curto prazo no noroeste do Estado e de curto e longo prazos nas demais áreas”.

Nos próximos seis meses, são esperados déficits hídricos, pastagens ou culturas não completamente recuperadas, além de reservatórios ou poços que vão perder volume de água e apresentarem níveis baixos.

CENÁRIO MENOS GRAVE

Os dados comparativos entre junho de 2021 e junho de 2020 mostram que no ano passado, o Ceará apresentava cenário menos grave, porquanto registrava 20,84% do seu território com seca fraca, ou seja, 79,16% sem seca relativa.

“As chuvas mais volumosas durante o primeiro semestre de 2020 em comparação com 2021 colaboraram para tais condições hídricas”, pontua boletim técnico da Funceme.

No último mês da quadra chuvosa, maio, o Ceará, em média, registrou 68.6mm, que representa um déficit de 24.3%. Para o período a média histórica é de 90.6mm.

No Semiárido nordestino por causa das chuvas abaixo da média, neste ano, houve agravamento dos níveis de seca também nos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba.


 
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