Políticos lamentam marca de 600 mil mortes por Covid-19 no Brasil; veja declarações
Apesar da desaceleração da pandemia, impulsionada pela maior cobertura vacinal da população, o Brasil ainda deve manter o alerta
Camilo Santana (PT) escreveu nesta sexta-feira (8), nas redes sociais, sobre a marca dos 600 mil mortos por Covid-19 no Brasil. “Minha solidariedade a cada família diante de tamanha dor. E que a esperança, que veio com a vacina, chegue a todos os brasileiros o mais rápido possível. Juntos vamos conseguir”, se solidarizou o governador do Ceará.
Outras personalidades políticas lamentaram a estatística. O governador do Piauí e atual presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias, destacou que os mortos pela pandemia não são números.
“São 600 mil vidas humanas perdidas para a Covid-19. Homens e mulheres com histórias e sentimentos distintos que a doença eliminou do nosso convívio. (...) Na proporção do Nordeste, quase 200.000 estariam a salvo, conversando, trabalhando, interagindo com suas alegrias entre nós”, lamentou, destacando que, no combate ao coronavírus, o Nordeste escolheu “priorizar a vida”.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, não se manifestou sobre a triste marca. Já o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prestou solidariedade aos parentes das vítimas.
“Muito importante registrar nossa solidariedade aos que perderam seus entes queridos para essa doença. Estamos trabalhando fortemente para que o sistema de saúde dê as respostas necessárias para a nossa população”, disse o ministro em entrevista coletiva.
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Críticas ao Governo Federal
O presidente da CPI da Covid-19 no Senado, senador Omar Aziz (PSD-AM), usou suas redes sociais para falar sobre a “inaceitável marca de 600 mil mortos” e criticar o Governo Federal.
“Nem em nossos piores pesadelos poderíamos imaginar que, em menos de dois anos, tantos brasileiros chorariam seus mortos graças ao descaso de seus governantes, principalmente daqueles que ocupam o Governo Federal”, escreveu.
Aziz ainda ressaltou o trabalho da CPI na investigação para apontar e punir responsáveis por omissões na compra de vacinas e insistências em medicamentos sem eficácia comprovada.
“Quando estão em jogo questões cruciais como o direto à vida e à saúde, não podem existir dois lados. Que isso fique de referência para os atuais mandatários e para as gerações que virão”.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pontuou que se "não fossem o negacionismo e a omissão da torre de controle e do comandante-mor da nação brasileira" mais vidas teriam sido salvas.
"600 mil vítimas. Como se 3 Boeings lotados tivessem caído por dia, durante mil dias. E pensar que grande parte continuaria a viagem da vida, com escalas nos corações das famílias", comentou a líder da bancada feminina do Senado.
O ex-candidato à Presidência, Fernando Hadadd (PT), comemorou que o "Ministério Público finalmente vai investigar a conduta do Conselho Federal de Medicina".
"Não precisávamos ter chegado a 600 mil mortes. Tudo isso é muito indigno e revoltante. A dor pelos amigos que se foram só aumenta", diz.