De autoria de senador cearense, CPI do Crime Organizado deve ser instalada no Senado
O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, anunciou a instalação de quatro comissões de investigação, mas apenas após o período eleitoral
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou, nesta terça-feira (5), que irá ler o requerimento para abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) ainda nesta semana. Uma delas é a CPI do Crime Organizado, proposta pelo senador cearense Eduardo Girão (Podemos).
Além dela, também serão criadas a CPI do Narcotráfico, CPI do desmatemento ilegal da Amazônia e a CPI do MEC - que irá investigar a suspeita de tráfico de influência na pasta de Educação do governo federal. Contudo, as três comissões só devem ser instaladas após as eleições, agendadas para outubro deste ano.
O objetivo, informou Pacheco, é evitar "contaminação das investigações pelo período eleitoral". A decisão do presidente do Senado foi tomada após reunião de líderes, na manhã desta terça.
"Os requerimentos serão lidos em plenário por dever constitucional e questões procedimentais serão decididas. Porém, a ampla maioria dos líderes entende que a instalação de todas elas deve acontecer após o período eleitoral, permitindo-se a participação de todos os senadores e evitando-se a contaminação das investigações pelo processo eleitoral", disse Pacheco no Twitter.
CPI do Crime Organizado
O Ceará deve ser um dos focos da investigação, segundo o requerimento protocolado por Girão. O documento aponta a existência de domínio de organizações criminosas tanto no Estado como no Acre, Amazonas, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
No período em que protocolou o requerimento, em abril de 2022, o senador justificou que a "guerra entre as facções criminosas" alavanca o número de mortes violentas no Norte e no Nordeste do País desde 2016.