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Alexandre de Moraes aponta que Mauro Cid teve número 'elevadíssimo' de visitas em prisão especial

Ao todo o tenente-coronel recebeu 73 pessoas em 19 dias

Escrito por Redação ,
Mauro Cid
Legenda: Tenente-coronel deu depoimento na CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro
Foto: Agência Brasil/Lula Marques

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que o número de visitas recebidas pelo tenente-coronel Mauro Cid foi "elevadíssimo". Desde o dia 3 de maio, o ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está preso preventivamente no Batalhão da Polícia Exército de Brasília. 

Após solicitar informações ao Exército, o ministro descobriu que Mauro Cid teve 73 visitas em 19 dias. O preso é suspeito de fraudar cartões de vacinação contra a Covid-19 para familiares dele, assim como para Jair Bolsonaro e parentes. As informações são do g1.

"No caso concreto, o número de visitas recebidas é elevadíssimo, a indicar falta de razoabilidade em relação às autorizações de visitas a Mauro Cid".
Alexandre de Moraes
Ministro do STF

Ao determinar a prisão de Cid, Moraes restringiu as visitas apenas à mulher, aos filhos e aos advogados. As outras devem receber autorização dele. 

Por isso, em maio, pediu que detalhes sobre as regras de visitação ao comandante do Batalhão da Polícia do Exército de Brasília, coronel Bruno Barbosa Fett Magalhães.

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CPMI dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Instalada no fim de maio, a CPMI foi criada para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro deste ano, quando grupos invadiram e depredaram as dependências do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e a sede do STF, destruindo o patrimônio público e agredindo policiais e jornalistas.

Composta por 32 parlamentares, sendo 16 senadores e 16 deputados federais titulares e seus respectivos suplentes, a comissão terá 180 dias para investigar os atos de ação e omissão ocorridos nas sedes dos três Poderes e que culminaram na prisão de mais de 300 pessoas, entre eles o ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Anderson Torres.

 

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