TRE homologa dezenas de pedidos

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Motivos diversos levaram vários candidatos a sair da disputa eleitoral deste ano, no curso da campanha. Dados revelados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indicam que 40 candidatos renunciaram aos cargos para os quais haviam pedido registro, até o dia 23 de agosto, data limite para julgamento dos processos de registro, inclusive os impugnados.

Como a renúncia se trata de uma decisão pessoal, sem necessidade de qualquer explicação ou justificativa, todas foram homologadas. Para tanto, foi exigida apenas a documentação comprobatória de que se tratava, realmente, de uma decisão do candidato, o que poderia ser feito com a firma reconhecida da assinatura ou declaração de duas testemunhas.

Alguns dos nomes que desistiram são conhecidos do público cearense pois exercem ou já exerceram um mandato popular. Dentre outros destacam-se vereadores, suplentes de vereador e ex-vereador de Fortaleza, deputado estadual e deputado federal.

Embora não devam explicações pela atitude tomada, alguns dos candidatos revelaram à imprensa os motivos que levaram à desistência. Para a maioria o motivo principal foi a falta de apoio político e de recursos financeiros para investir na campanha.

O presidente do diretório regional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), vereador de Fortaleza Sérgio Novaes, informou à imprensa que estava abandonando a disputa por recomendações médicas, em função de problemas no coração. Logo depois veio a desistência do deputado Antônio Cambraia (PSDB), sob a alegação de dificuldades de recomposição da sua base eleitoral e dos custos da campanha.

Embora não tenha dado explicações, são claros os motivos que levaram o deputado federal Almeida de Jesus (Francisco Almeida Lima) desistir da concorrência depois que a candidatura dele já havia sido registrada. O nome do parlamentar, que pertence aos quadros do Partido Liberal (PL), foi apontado como um dos envolvidos com a máfia das ambulâncias, caso que se tornou conhecido como sanguessugas.

A deputada estadual Lêda Moreira também desistiu da reeleição, sendo substituída pelo irmão, vereador de Fortaleza, Augustinho Moreira. Em 2002 Maria Lêda Moreira e Silva foi eleita pela Coligação PAN/PT do B/PSL/PSC/PSDC/PRTB com um total de 13.140 votos. Na época ela pertencia aos quadros do Partido Social Liberal (PSL), legenda à qual continua filiada. A diferença agora é que a concorrência interna aumentou e como o nome de Augustinho Moreira é mais conhecido nas comunidades em que atua politicamente, ele resolveu se candidatar.

No rol de candidatos que desistiram da disputa constam ainda nomes como os da vereadora de Fortaleza Terezinha de Jesus, do suplente Jadas Reis e dos ex-vereadores José Maria Couto Bezerra e Mardônio Albuquerque. Nas eleições de 2004 Terezinha de Jesus foi eleita com 12.026 votos, ficando em 7º lugar na classificação geral dos candidatos. Há situações em que o candidato desistiu para concorrer a outro cargo, dentro da mesma aliança partidária.