PT deve suspender vereadora de Ibaretama suspeita de participar de chacina, diz presidente

O partido deverá observar o regimento interno, que prevê a suspensão cautelar para filiados. A medida é de caráter cautelar, e serve para que membros do PT possam ter direito a ampla defesa.

Escrito por Felipe Azevedo , felipe.azevedo@svm.com.br
imagem da vereadora edivanda azevedo
Legenda: A vereadora Edivanda de Azevedo é suspeita de participar de chacina que vitimou sete pessoas eem Ibaretama. Crime ocorreu em 26 de novembro.
Foto: Reprodução

O PT deve suspender a vereadora eleita Edivanda de Azevedo, presa nesta sexta-feira (18), suspeita de participar de uma chacina em Ibaretama. O crime ocorreu em 26 de novembro, e sete pessoas foram assassinadas por um grupo de homens encapuzados, dentro de casa. 

O partido deverá observar o regimento interno, que prevê a suspensão cautelar para filiados. Antônio Filho, o Conin, que presidente da sigla no Ceará, já havia criado uma comissão para acompanhar em âmbito municipal. Uma reunião da Executiva Estadual nesta sexta-feira (18), tratou do assunto. 

A reunião ocorreu durante a tarde e, portanto, antes da prisão da parlamentar. Ela foi capturada durante a noite, na casa de parentes no Bairro de Fátima, em Fortaleza. “Com o fato novo [da prisão], vou convocar uma nova reunião para hoje (sábado), e provavelmente ocorrerá a suspensão”, disse Conin. 

A medida é de caráter cautelar, e serve para que membros do PT possam ter direito a ampla defesa. O objetivo é que o diretório municipal em Ibaretama se posicione sobre o caso. Até as 10h30 deste sábado,o presidente estadual da sigla ainda não havia se reunido com os petistas de Ibaretama. O encontro deverá ser virtual, para acelerar o processo.

Legenda: As sete pessoas foram mortas em uma casa na zona rural de Ibaretama, na madrugada do dia 26 de novembro de 2020.
Foto: Leábem Monteiro

Crime

Na madrugada do dia 26 de novembro, sete pessoas foram mortas em Ouro Preto, no distrito de Pedra e Cal, em Ibaretama. Homens encapuzados e armados entraram pelos fundos da casa e começaram a atirar, segundo a delegacia de Quixadá.

Nesta quinta-feira (17), os dois filhos da vereadora, que já estavam presos, se tornaram réus por envolvimento no caso. Os irmãos Francisco Victor Azevedo Lima e Kelvin Azevedo Lima são suspeitos de prestar apoio logístico ppara as execuções. As investigações da Polícia Civil apontam para, além das disputas de facções, a intenção de que roubos cessassem no reduto eleitoral da vereadora eleita.

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