Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello presta depoimento na CPI da Covid-19

Inicialmente, a oitiva do militar estava marcada para acontecer no dia 5 de maio, mas teve que ser adiada

Escrito por Redação ,

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello presta depoimento, nesta quarta-feira (19), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possíveis omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia da Covid-19. A audiência está marcada para iniciar às 9h.    

Inicialmente, a oitiva do militar estava marcada para acontecer no dia 5 de maio, mas teve que ser adiada após o general entrar em quarentena por ter tido contato com duas pessoas infectadas com Covid-19.   

ACOMPANHE O DEPOIMENTO DE pazuello  

Pazuello foi o gestor que ficou mais tempo à frente do Ministério da Saúde durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Foram, ao todo, dez meses no cargo.   

Eduardo Pazuello
Legenda: O militar foi o gestor que passou mais tempo frente ao MS durante a pandemia da Covid-19
Foto: Agência Brasil

A convocação do ex-ministro foi de autoria do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), que justificou o requerimento afirmando que as declarações dos ex-ministros da Saúde são indispensáveis para elucidar as providências tomadas pela pasta no enfrentamento à pandemia.   

Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE) também solicitaram a presença de Pazuello na comissão.  

Além do militar, os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e também o atual titular Marcelo Queiroga, foram ouvidos no plenário da CPI.  

Atuação de Pazuello no MS  

O general assumiu o comando da pasta interinamente em maio de 2020, mas apenas em setembro foi oficializado no cargo. Diferentemente dos dois primeiros, Pazuello seguiu todas as recomendações de Bolsonaro à frente do ministério.  

Sob o seu comando, diversas vezes o Brasil quebrou recordes de mortes causadas pela Covid-19, chegando a mais de 300 mil mortes pela doença.   

A saída dele do Ministério da Saúde, no entanto, não foi de iniciativa de Bolsonaro pela gestão desastrosa, mas sim por pressão política do Centrão e de aliados no Congresso.   

Sua convocação busca apurar suas responsabilidades no cenário da crise sanitária no Brasil.  

Direito ao silêncio   

Na última sexta-feira (14), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski concedeu habeas corpus que garante que o Pazuello possa ficar em silêncio nos casos de perguntas sobre si mesmo.    

Embora notificado pela CPI para prestar depoimento como testemunha, condição que o obriga a dizer a verdade, o órgão que faz a defesa judicial do Governo Federal argumentou que Pazuello tem a prerrogativa constitucional de não produzir prova contra si. 

Entretanto, o advogado Zozer Hardman, que está auxiliando Eduardo Pazuello em sua preparação para a CPI da Covid, diz que o general tem intenção de responder a todas as questões dos senadores.   

CRONOGRAMA DA SEMANA 

  • terça-feira (18): ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo. 
  • quarta-feira (19): ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. 
  • quinta-feira (20): secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, a cearense Mayra Pinheiro. 
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