Comandante da Polícia Ambiental de SP deve assumir Instituto Chico Mendes

A constante ingerência do Ministério do Meio Ambiente nas decisões do ICMBio seria uma das questões que teria levado ao pedido de demissão de Adalberto Eberhard, agora ex-presidente do órgão

Escrito por FolhaPress ,
Legenda: O coronel Homero de Giorge Cerqueira estava no comando da Polícia Ambiental de SP desde julho de 2018
Foto: Foto: Reprodução / PM-SP

Após o pedido de demissão de Adalberto Eberhard nesta segunda-feira (15), o novo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) deve ser o atual comandante da Polícia Ambiental de São Paulo, o coronel Homero de Giorge Cerqueira. O órgão é responsável pela gestão das áreas protegidas no país.

A informação foi confirmada pela Folha de S.Paulo por fontes próximas ao governo paulista, mas ainda é dada como incerta dentro do ICMbio, onde também correm outras possibilidades, como a fusão do órgão com o Ibama ou até mesmo a nomeação da atual secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Pelini.

Nesta terça-feira (16), ela fez uma reunião com dirigentes do órgão e tratou sobre os modelos e prioridades na concessão de unidades de conservação. A constante ingerência do gabinete do MMA nas decisões do ICMBio seria uma das questões que teria levado ao pedido de demissão de Eberhard.

Desde julho de 2018 no comando da Polícia Ambiental de São Paulo, o coronel Homero é doutor em Educação Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, bacharel em Direito pela Universidade de Guarulhos, Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela Academia do Barro Branco.

Os servidores do ICMBio estão preocupados com o futuro do órgão e também com a relação de desconfiança com o ministro Ricardo Salles, que chegou a ameaçar um processo administrativo contra os funcionários em evento no útlimo fim de semana - o que também teria contribuído como a 'a gota d'água' para o pedido de demissão de Eberhard.

Nesta quarta (17), servidores reunidos na Associação Nacional dos Servidores Ambientais publicaram uma carta aberta em defesa da atuação dos funcionários do órgão, que, segundo o texto, trabalha com um servidor para cada 100 mil hectares de área protegida.

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