Não que a justificativa seja "apenas" essa, mas o fato de Ceará e Fortaleza estarem com calendário cada vez mais recheado, tem atrapalhado o início de Campeonato Brasileiro.
Mesmo quando o técnico não poupa jogadores priorizando alguma competição, sabemos que nosso calendário não permite que haja o descanso adequado entre um jogo e outro, gerando um desgaste grande dos atletas, provocando uma queda de rendimento.
Ano passado, eliminado precocemente da Copa do Nordeste, sem jogar Libertadores ou Sul-Americana, o Fortaleza pôde voltar suas atenções inteiramente para a Série A.
Em 2022, conseguimos facilmente exemplificar essa situação olhando para nossos dois times:
No caso do Ceará, a boa situação na Sul-Americana, com 100% de aproveitamento, tem custado o desempenho no Campeonato Brasileiro.
Na Sula, mesmo contra adversários extremamente fracos tecnicamente, Dorival júnior não tem preservado a equipe. Todo jogo a mesma base vai a campo.
O Ceará não tem conseguido ter intensidade durante os 90 minutos e isso custou duas derrotas em casa.
Contra Botafogo e Bragantino, só conseguiu ser superior em um dos tempos e quando já estava atrás no placar.
Só a título de lembrança: no último rebaixamento do Vovô na Primeira Divisão, em 2011, o time foi semifinalista da Copa do Brasil.
E ainda tem essa competição nesse meio, que também não houve preservação, mesmo contra equipes frágeis (Vitória e Tombense).
Para mim, fica claro que nós não temos, ainda, condições de encarar duas frentes com a mesma qualidade.
Por isso, clubes que não tem um elenco vasto, investimentos gigantes, precisam priorizar em algum momento da temporada.
E para nossas equipes, o momento é agora. O Brasileirão é traiçoeiro, ele lhe engana. A falsa sensação de que é um campeonato longo, que depois dá pra reagir, pode te colocar em uma situação muito ruim de "correr atrás".
Portanto, se é necessário dar mais atenção a alguma disputa, a Série A, para mim, está em primeiro, segundo e terceiro lugar.