Seguro: Proteção Essencial
No setor comercial, a situação é semelhante. Muitas empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, operam sem qualquer tipo de seguro que proteja seus ativos e operações

Neste dia 14 de maio, é celebrado o Dia Continental do Seguro, uma data que convida à reflexão sobre a importância dessa ferramenta de proteção financeira e patrimonial. Apesar de sua relevância, o Brasil ainda apresenta uma baixa adesão a seguros, especialmente nos segmentos residencial e comercial, quando comparado a países desenvolvidos.
Dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) indicam que apenas 17% dos imóveis residenciais no Brasil possuem algum tipo de seguro . Esse número contrasta fortemente com países como os Estados Unidos, onde cerca de 95% das residências estão seguradas . A diferença evidencia uma lacuna significativa na cultura de proteção patrimonial entre os brasileiros.
No setor comercial, a situação é semelhante. Muitas empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, operam sem qualquer tipo de seguro que proteja seus ativos e operações. Essa ausência de cobertura expõe os negócios a riscos que podem comprometer sua continuidade em casos de sinistros como incêndios, furtos ou desastres naturais.
A baixa penetração de seguros no Brasil não se restringe apenas aos segmentos residencial e comercial. De acordo com a Federação Nacional de Seguros Privados (Fenacor), apenas 10% da população brasileira possui algum tipo de seguro . Esse dado é preocupante, considerando que o mercado de seguros representa cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, percentual semelhante ao de países populosos como China e Índia
Em contraste, países desenvolvidos apresentam uma cultura de seguros mais consolidada. Na Alemanha e na Irlanda, por exemplo, aproximadamente 43% da população possui algum tipo de seguro de proteção financeira . Na Romênia, esse número é de 41% . Esses dados refletem uma maior conscientização sobre a importância de se proteger contra imprevistos e garantir a estabilidade financeira.
A falta de cultura de seguros no Brasil pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo a falta de informação, a percepção de que o seguro é um gasto desnecessário e a ausência de políticas públicas que incentivem a contratação de seguros. Além disso, muitos brasileiros ainda acreditam que estão imunes a riscos ou que podem contar com a ajuda de terceiros em caso de necessidade.
No entanto, a realidade mostra que imprevistos acontecem e podem ter consequências devastadoras para quem não está preparado. Desastres naturais, acidentes, roubos e doenças são eventos que podem comprometer a estabilidade financeira de famílias e empresas. Nesse contexto, o seguro se apresenta como uma ferramenta essencial para mitigar riscos e garantir a continuidade das atividades.
É fundamental que haja um esforço conjunto entre o setor público, o setor privado e a sociedade civil para promover a cultura de seguros no Brasil. Campanhas de conscientização, incentivos fiscais e a simplificação dos processos de contratação podem contribuir para aumentar a adesão aos seguros. Além disso, é importante que as seguradoras desenvolvam produtos acessíveis e adaptados às necessidades da população brasileira.
O Dia Continental do Seguro é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância de estarmos preparados para os imprevistos da vida. Investir em seguros não é apenas uma medida de precaução, mas um ato de responsabilidade e cuidado com o futuro. É hora de mudar a percepção sobre os seguros no Brasil e reconhecer seu papel fundamental na construção de uma sociedade mais segura e resiliente.