Schweitzer e Maathai

A primeira guerra mundial interrompeu a missão e o casal foi obrigado a retornar para a Europa por algum tempo

Escrito por
Gonzaga Mota producaodiario@svm.com.br
Professor aposentado da UFC
Legenda: Professor aposentado da UFC

Duas pessoas fantásticas: Albert Schweitzer, filósofo, músico, físico, médico e humanitário, Prêmio Nobel da Paz de 1952, e Wangari Maathai, ambientalista, política de formação pacifista, humanitária, primeira mulher africana laureada com o Prêmio Nobel da Paz (2004). Mais de 50 anos separam as duas premiações, no entanto acredito que o objetivo síntese e final de ambos coincidem na defesa da natureza, da paz, da justiça, da solidariedade, da democracia e dos direitos humanos.

Acredito que os dois façam parte de um grupo – nem todos receberam o Prêmio Nobel da Paz – formado por líderes como Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Madre Teresa de Calcutá, Dalai lama, Papa João Paulo II, dentre outros, verdadeiros expoentes do século XX, possuidores de fortes sentimentos de solidariedade. Ainda jovem, Schweitzer (1875–1965) apresentava uma rara capacidade intelectual.

Aos 30 anos de idade já possuía dois títulos de doutor: um em música e outro em teologia. Formou-se em medicina em 1913, na Universidade de Strasbourg, e seguiu para a África, em missão humanitária, deixando uma perspectiva concreta de enriquecimento. Fundou com a ajuda de sua mulher, a enfermeira Helene Bresslau, um hospital em Lambarené, às margens do rio Ogowe.

A primeira guerra mundial interrompeu a missão e o casal foi obrigado a retornar para a Europa por algum tempo. Em 1924 voltou à Lambarené, reconstruiu o hospital, dando continuidade à sua obra de solidariedade humana. Salvou milhares e milhares de vidas, principalmente, de crianças e idosos. Não bastasse suas atividades humanitárias tornou-se um opositor da propagação das armas nucleares e adotou um posicionamento bastante crítico aos Estados Unidos e à União Soviética, na década de 1950. Wangari Maathai (1940-2011), queniana, defensora do meio ambiente, desenvolve um trabalho, por décadas, para proteger e recuperar de forma racional, os recursos naturais, para a redução da pobreza e para a busca dos direitos humanos.

Maathai, segundo explicação do comitê de concessão do Prêmio Nobel da Paz de 2004, foi laureada “em razão da sua contribuição ao desenvolvimento sustentável, à democracia e à paz”. Os exemplos de Schweitzer e Maathai não podem ficar restritos a uma importante solenidade em Oslo, Noruega. Suas ações de solidariedade e de humildade devem ser propagadas por todo o mundo. Hoje, principalmente.

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