Inteligência artificial e a automação no Judiciário Cearense
Imagine um futuro no qual a justiça é composta por juízes, advogados, algoritmos, robôs e sistemas automatizados. Esse futuro já está se tornando realidade. O Judiciário Cearense está passando por uma revolução tecnológica com a integração de inteligência artificial e automação. Essas ferramentas, que já transformam diversos setores, agora prometem tornar a justiça mais ágil e eficiente.
A inteligência artificial, em particular, surge como resposta a uma sociedade que exige rapidez nas respostas judiciais. Embora o caminho seja desafiador e requeira atenção às questões éticas, o uso da tecnologia no judiciário não é mais opcional pois, ao explorar como essas inovações podem transformar sua atuação e considerar a tecnologia uma aliada, o judiciário promete uma revolução na forma como a justiça é administrada.
Dentre as soluções adotadas, destacam-se a TALIA, que transcreve automaticamente áudios e vídeos de audiências, otimizando o trabalho dos magistrados, e o MIDAS, que identifica atos processuais similares, agilizando o trabalho dos servidores. Além dessas inovações, o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) tem investido no desenvolvimento de robôs para realizar tarefas repetitivas, como no projeto "Tempo Justo", que reduziu o tempo de análise de progressão de regime prisional de 60 para 30 dias.
Essas tecnologias também ajudam a minimizar erros humanos e aumentar a produtividade, mas exigem uma adaptação tanto dos profissionais do direito quanto dos cidadãos. A transformação já está em curso, e o Ceará se destaca ao liderar essa inovação no judiciário, promovendo uma justiça mais transparente, segura e acessível para todos.
A construção de um sistema judiciário mais inovador, ágil e acessível deve ser acompanhada por um compromisso firme com a transparência, a segurança e a equidade, garantindo que a tecnologia seja uma aliada no fortalecimento da justiça, e não uma fonte de novas desigualdades. E nisso, mais uma vez, o Estado do Ceará sai à frente com um Judiciário que investe nessas tecnologias e já começa a colher seus frutos.
Marcele Arruda é gerente de projetos do Grupo Portfolio