Enxaqueca e alimentação

Escrito por Nathália Lobo - Nutricionista ,

A cada dia, o poder de modulação dos alimentos sobre todas as funções do metabolismo se mostra mais eficaz, afinal, somos formados por trilhões de células e estas são unicamente compostas por nutrientes. Não há dúvida: a interferência dos alimentos sobre a saúde ou a doença é direta. Faz tempo que aquela frase “nós somos o que comemos” deixou de ser apenas uma frase bonita para post de um almoço com salada nas redes sociais. E virou a grande verdade.

Na enxaqueca, doença que afeta 30 milhões de brasileiros, não seria diferente. O que comemos (ou não) pode ser determinante para amenizar ou agravar as crises. Estudos em torno do tema já relacionaram os fatores alimentares como os mais relatados como precipitantes das crises.

Dentre os alimentos que carregam o peso de “vilão”, podemos citar os queijos, frutas cítricas, chocolate, bebidas alcoolicas, cafeína e alimentos ricos em gordura. A desidratação e a obesidade também atuam diretamente no desencadeamento de crises.

A boa notícia é que quando identificamos a relação entre hábitos alimentares e a enxaqueca, percebemos que uma alimentação adequada e saudável exerce um papel fundamental no tratamento deste problema. Sim! Na alimentação podemos encontrar o remédio para prevenir ou amenizar as dores de cabeça.

Quer prevenir as terríveis crises de enxaqueca? Coma mais sementes de linhaça, atum, salmão e cavala – ricos em Ômega 3; castanhas, amêndoas e amendoim – ricos em selênio; banana, maracujá, arroz, feijão e granola – que contém triptofano; orégano, cravo, canela e gengibre – com substâncias que ajudam a inibir a sensação de dor. Magnésio (que tem na avelã e castanha do Pará) e Vitaminas do Complexo B (que tem na lentilha e grão-de-bico) também já mostraram sua força.

Mudar hábitos alimentares pode ser desafiador. Mas neste caso, pode ajudar bastante na qualidade de vida, com menos dor. Vale a pena tentar, não vale?