Como disse Sobral Pinto, a advocacia não é profissão de covardes
Trabalhar no Brasil em 2022 deve ser lembrado eternamente na mente de qualquer pessoa que viveu o período. O ano é um dos mais desafiadores da história, tanto economicamente quanto politicamente. Os índices da inflação falam por si só. Em períodos como esses, cada vez faz mais sentido a noção de que os advogados são indispensáveis para a administração da sociedade como um todo. A liberdade de atuação do advogado está diretamente relacionada à garantia de exercício de direitos fundamentais e individuais dos cidadãos. Neste dia 11 de agosto é celebrado o Dia do Advogado e vale a pena a reflexão sobre os desafios da profissão na contemporaneidade.
Desde a Roma antiga as bases para o que se conhece atualmente como advocacia foram firmadas. Esse profissional desempenha um papel fundamental para a estabilização social e a resolução de conflitos, atuando pela defesa de seus clientes, pautado nas leis, regulamentos e demais orientações legais. As sociedades mudaram muito desde então, mas a função social da advocacia permanece com a mesma relevância em todos os contextos.
A expectativa é que até 2023 tenhamos 2 milhões de advogados no Brasil. Em um cenário nacional de tantos desafios nos âmbitos público e privado, é quase uma ironia dizer que os profissionais precisam se atualizar frequentemente para acompanhar os acontecimentos do próprio Direito que se transforma para abarcar as mudanças trazidas pela sociedade contemporânea com velocidade exponencial. Como disse Sobral Pinto, a advocacia não é profissão de covardes.
Quando o advogado pratica a advocacia, independente da área de atuação, com ética, moral, retidão, diligência e, acima de tudo, com honestidade, contribui e atende os anseios de melhoria de uma sociedade. Inclusive, é preciso que os profissionais também se mantenham vigilantes aos atos do poder público nas diferentes esferas. Devemos ter a noção de que em uma sociedade democrática, todos somos responsáveis pelas melhorias. Temos que nos manter atentos e fortes. Até porque, o Brasil 2022.2 acaba de começar e vem aí um período eleitoral que promete ser quente, além de uma Copa do Mundo que, tradicionalmente, desacelera todo o país. O ano ainda está longe de acabar.
Saulo Gonçalves Santos é advogado, procurador municipal e doutorando em Direito