Chore, mas não se apavore

Escrito por Antonio Cruz Gonçalves ,

Algumas pessoas têm dificuldades em lidar com o sofrimento. Para elas a dor é, muitas vezes, interpretada como castigo de Deus, ou mesmo, injustiça que a vida lhes impõe. Há dias em que temos a sensação de que chegamos ao fim da linha com tantas mortes sequenciadas em todos os continentes, causando pânico e medo pela drasticidade do coronavírus, que deflagrou um quadro de instabilidade em nossa nação, com consequências ainda desconhecidas, mas com a certeza de que inúmeros prejuízos advirão.

No Brasil, infelizmente, a pandemia transformou-se numa disputa política inadmissível, lamentável e condenável sob todos os aspectos. Estão certos os dois lados da questão - o que restringe ao terreno técnico e científico o isolamento - e o que quer reduzir as falências de empresas e a explosão do desemprego.

O coronavírus tem apavorado e preocupado dirigentes de grandes nações, a exemplo da Inglaterra, China, Estados Unidos, além de outras. Recentemente, o vírus chegou em Manaus, região em que os serviços médicos são escassos, sem dó e sem piedade.

A impressão que se tem é que o mundo vai acabar com a pandemia do novo coronavírus: corpo e caixão, caixão e corpo. As lágrimas dos irmãos amazonenses caem em profusão diante de tanta aflição e tanto infortúnio, deixando os parentes e amigos sob o peso da separação e do adeus, os quais choram pela ausência de seus entes queridos que se foram e nem sequer puderam se despedir e/ou oferecer-lhes uma flor.

Apesar dos ingentes esforços das autoridades competentes, ainda não descobriram uma vacina para mitigar tanta angústia. Aguarde que o tempo com suas mãos cheias de bálsamo trará o alívio. É exatamente nessa perspectiva de tempo e vitória que a Bíblia diz: "O pranto pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer". Nada acontece por acaso, em tudo há sempre uma lição, um aprendizado.

Antonio Cruz Gonçalves

Empresário