A escola é um espaço de convivência e de formação de opinião. A capacitação dos profissionais que estão diante de crianças e adolescentes é de suma importância.
Considerar a formação humana como disciplina positiva, que propõe olhar o outro de forma acolhedora e afetiva, e a Comunicação Não Violenta (CNV), que apoia o cooperativismo e a comunicação com empatia de forma eficaz, nos assegura que sujeitos que vivenciam estas situações se tornem multiplicadores: em suas residências e nos diversos espaços onde convivem, reproduzindo na sociedade as relações estabelecidas através das boas experiências.
O bullying, assim como o cyberbullying, são realidades experienciadas dentro e fora da escola. E podem ser considerados como uma forma de violência. Sobretudo quando são executados de forma coletiva, através dos pares, considerando peculiaridades do sujeito, que não são respeitadas pelos demais.
Dessa forma, há um adoecimento do sujeito que sofre a violência, mas também de quem promove. Afinal, sentir prazer em maltratar alguém só demonstra o quanto a saúde mental deste sujeito encontra-se abalada. Em situações de bullying, a escola passa a se tornar um espaço de medo, tristeza e sofrimento.
É comum perceber mudanças de comportamento como também queda no desempenho pedagógico. Conversa, acolhimento, empatia e a promoção de ações permanentes e preventivas são recursos eficientes.
A violência deve ser combatida através do investimento em projetos que promovam a conscientização da comunidade escolar e responsáveis a respeito dos direitos e deveres do cidadão, autorresponsabilidade, aprendizagem socioemocional, inclusão.
Buscar apoio junto ao poder público, órgãos de saúde, bem-estar social e segurança para que a escola não seja somente o 'espaço de aprendizagem por excelência' mas, sobretudo, um espaço seguro, harmonioso e estimulante.
Luciana Bem é Psicopedagoga, Psicanalista e Arteterapeuta, Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia Seção Ceará (ABPp-CE).