Novo presidente da Marisa é investigado por suposto uso de informação privilegiada; entenda
Processo na Comissão de Valores Mobiliários foi instaurado em abril de 2022
O presidente interino das Lojas Marisa, Alberto Kohn de Penhas, é investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por uso de informação privilegiada. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.
Alberto era vice-presidente comercial da varejista e assumiu o comando após a renúncia de Adalberto Pereira Santos, anunciada na noite dessa terça-feira (7).
O processo contra Alberto foi instaurado no CVM em abril de 2022. Ele é investigado por adquirir, em outubro de 2021, 160 mil ações da Marisa no valor de R$ 661,2 mil.
Ele estava em posse de informações que impactaria nos resultados da companhia relativos ao 3° trimestre de 2021, obtendo vantagem na compra de valores mobiliários.
A prática também é conhecida como 'insider tranding primário'. Comete o crime é quem teve acesso direto à informação privilegiada.
Alberto Kohn já foi ouvido pela CVM, que prorrogou o processo, ainda segundo a Folha. O presidente foi procurado pela reportagem, mas não se pronunciou.
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Kohn foi citado no processo em 8 de dezembro de 2022. Segundo as regras da companhia, qualquer acusado tem 30 dias úteis para apresentar defesa a partir da data da citação.
Reestruturação da Marisa
A Marisa aceitou a renúncia do CEO da empresa, Adalberto Pereira dos Santos, conforme comunicado feito ao mercado financeiro. Enquanto o novo presidente é selecionado, o comando do grupo será exercido, interinamente, por Alberto Kohn.
Integrante do Conselho de Administração da Marisa, Marcelo Adriano Casarin, também renunciou ao cargo.
A Marisa afirmou ainda que deve dar continuidade a um processo de reestruturação e "otimização financeira".
A BR Partners foi contratada para prestar assessoria no processo de renegociação de dívidas da companhia. Já o aperfeiçoamento da estrutura de custos será acompanhado pela Galeazzi Associados.