Zona Azul de Fortaleza arrecada R$ 3,5 milhões em 2019, quase o dobro de 2018

Aumento do número de vagas e maior facilidade para aquisição do Cartão Azul Digital são razões para aumento da arrecadação, segundo a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC)

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Legenda: Zona Azul Digital foi lançada em agosto de 2018
Foto: Foto: Fabiane de Paula

Já são mais de 6 mil vagas rotativas de estacionamento em pelo menos 20 bairros de Fortaleza, o triplo do registrado em janeiro de 2018. Com a expansão da Zona Azul e o lançamento, em agosto daquele ano, da ferramenta digital para compra do cartão, a arrecadação do sistema quase dobrou: em 2018, foi de R$ 1.807.480,15; ano passado, R$ 3.556.000,00 (96,7% a mais).

Os dados foram obtidos pelo Sistema Verdes Mares junto à Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), que confirma a distribuição de 6.100 pontos de estacionamento nos bairros Centro, Aldeota, Meireles, Dionísio Torres, Montese, Patriolino Ribeiro, Sapiranga, Papicu, Cocó, Messejana, Jóquei Clube, Parangaba, Edson Queiroz, Cidade dos Funcionários, Benfica, Fátima, Parquelândia, Presidente Kennedy, Farias Brito e Praia de Iracema (confira o mapa aqui).

De acordo com Arcelino Lima, superintendente da AMC, a ampliação do sistema soluciona uma “defasagem histórica” de Fortaleza. “O intuito é única e exclusivamente garantir a rotatividade das vagas: cerca de 70% dos veículos que circulam nos centros mais adensados estão procurando lugar para estacionar. Quanto mais rápido acharem, menos transtornos estão gerando ao fluxo, e menor é o risco de acidentes”, avalia.

Entre agosto de 2018, quando foi lançada a Zona Azul Digital, e dezembro do mesmo ano, mais de 70 mil usuários se cadastraram e 360.744 unidades do Cartão Azul Digital (CAD) foram vendidas. Até a tarde desta quarta-feira (8), a quantidade de CADs ativados já totaliza 2.664.762. O valor é atualizado em tempo real pela AMC.

Atualmente, informa Arcelino, seis aplicativos estão credenciados para venda do cartão, e cerca de 92% das aquisições do crédito já são feitas via app. “Mesmo quem não tem aplicativo, familiaridade com tecnologia ou acesso à internet, pode adquirir por meio um familiar. O portador da solução não precisa estar no local do veículo, basta informar a placa”, aponta.

A loja de variedades gerenciada por José Maurício Lourenço, 60, é ponto de venda do cartão de estacionamento rotativo desde 2003, quando um talão de tíquetes era disponibilizado. A diferença da transição para o digital é sensível para o comerciante. “As pessoas têm muita dificuldade em baixar o aplicativo, fazer aqui no local, porque não é muito divulgada. Além disso, quem comprava Zona Azul aqui, olhava a mercadoria e fatalmente comprava. Agora, não”, declara.

Malha cicloviária

O superintendente frisa que “a Prefeitura fica com 80% da arrecadação” dos valores pagos pelos motoristas, os outros 20% vão para as plataformas credenciadas. Por determinação da Lei Municipal nº 10.752/2018, todo o recurso arrecadado com a Zona Azul Digital deve ser investido na política cicloviária da cidade. 

Conforme a AMC, foram adquiridos balizadores e cones, e custeada a implantação de 130 novas estações do Bicicletar, a serem entregues no primeiro semestre de 2020. Cinco delas devem ser concluídas ainda em janeiro. “Vamos passar de 80 estações para 210 estações, inclusive em locais onde a iniciativa privada não tem interesse em publicidade, como Conjunto Ceará, Bom Jardim, Vila Velha, Siqueira. Isso será feito com recursos oriundos da Zona Azul”, frisa Arcelino.
 

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