Vítima da pegadinha autorizou uso de imagem antes de saber o que aconteceria
Aurileide Gomes contou com exclusividade os momentos de tensão que foram cortados da edição
Uma das vítimas da pegadinha dos zumbis no metrô de Fortaleza, a agente social cultural Aurileide Gomes, disse em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste que assinou o direito de uso da imagem sem saber que faria parte de um dos quadros de maior audiência do programa Sílvio Santos. Segundo ela, a autorização foi para um vídeo institucional do transporte do Governo do Estado.
O convite para participar da pegadinha surgiu durante um treinamento profissional. Aurileide trabalha num projeto de esporte e lazer do Governo Federal e realiza oficinas de artesanato e contação de histórias para pessoas atendidas num Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Caucaia. “No curso, uma menina falou que me achava bem desenvolta e me chamou para participar de um vídeo institucional, que ia avaliar o serviço do metrô”, disse. Apesar de considerar pouco, o cachê de R$ 70,00 também a atraiu. “Mas se eu soubesse o que ia acontecer, não teria ido”, completou.
A agente social cultural também contou os momentos de tensão que passou e ficaram de fora da edição da pegadinha. “O trem brecou várias vezes e isso começou a assustar a gente. Teve várias oscilações de energia, por várias vezes as luzes apagavam e acendiam. Isso gerou um medo”, confessa. “De imediato, eu chamei (uma outra participante): 'mulher, eu tô com medo, aqui não tem ninguém e aí, como a gente vai saber como vai sair? Isso tudo no escuro”, relata.
“Em momento nenhum achei que fosse falso”, garantiu a vítima
Aurileide diz que em momento algum desconfiou da brincadeira. “Quando eles (os zumbis) apareceram eu me senti dentro de um filme de terror. Me imaginei sonhando acordada, tendo o pior dos meus pesadelos. Em momento nenhum achei que fosse falso”, garantiu. “A gente já tem medo e se depara com uma situação daquelas, monstros horríveis”, justifica.
Ela também contou o que aconteceu após a fuga desesperada. “Eu saí gritando feito uma louca. Quando eu subi pulando de cadeira em cadeira e encontrei uma porta aberta eu corri feito louca, aos berros”, relata. “Fui parada por umas pessoas da produção já do outro lado. Não sei nem que lado foi. Só sei que eu corri, sem saber para onde é que eu estava indo. Minha questão era me salvar”, afirma.
Depois disso, ela foi levada para uma sala, onde foi acompanhada por profissionais de saúde. Como tem problemas de pressão, Aurileide acho que o susto poderia gerar algum pico, o que não aconteceu.
Dentre as outras participantes, ela se destacou por enfrentado um dos zumbis, atacando-o com uma bolsa. Agora, a agente social cultural diz estar aproveitando a fama repentina. “Tem gente que me critica, me chama de 'doida da bolsa' e outras coisas. Mas eu não ligo e até entendo. Quando eu via essas pegadinhas, eu desconfiava também”, disse.
Eu não tenho do que reclamar. Ganhei R$ 70,00, que não é dada. Mas o que eu estou me divertindo agora vale R$ 700 milhões. Na vida a gente tem que brincar, sorrir, levar numa forma positiva”, ressaltou.
Assista à pegadinha: