Viroses e coronavírus: o que mudar no dia a dia para evitar as doenças

Especialistas e órgãos de saúde apontam regras de convivência para evitar transmitir e contrair gripes, resfriados e coronavírus

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Legenda: Ministério da Saúde realiza coletivas de imprensa, diariamente, para atualizar casos de coronavírus no Brasil
Foto: Foto: Agência Brasil

O início do período de chuvas marca o aparecimento massivo de gripes, resfriados e outras viroses no Ceará. As doenças são tratadas como comuns, mas com o surgimento das suspeitas de novo coronavírus (Covid-19) no Estado – eram 12 casos em investigação, até essa segunda-feira (2), segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) – o alerta para a prevenção se acendeu.

Confira dicas para prevenir as doenças:

– Que contatos físicos devo evitar? Aperto de mão e abraço, pode? De acordo com o médico Drauzio Varella, “a mão é muito mais perigosa que um beijo no rosto, porque é nela que você carrega os vírus”. O secretário de Vigilância em Saúde do Governo do Federal, Wanderson Oliveira, aponta que é necessária uma mudança de comportamentos corriqueiros. “Não estamos falando que as pessoas não devam se tocar, mas é importante evitar apertos de mão ou outros contatos se estiver resfriado, doente. É uma mudança cultural.”

– Se chegar perto de alguém com coronavírus, vou pegar a doença?
Os riscos são altos, conforme o Ministério da Saúde (MS). Por isso, o órgão orienta evitar contato próximo com pessoas doentes (seja por Covid-19 ou quaisquer viroses) e permanecer em casa se apresentar sintomas.

– É necessário estocar máscaras?
NÃO. “As pessoas que não têm sintomas não devem usar máscaras, não têm nenhuma restrição”, pontua Wanderson Oliveira. Já quem está gripado ou resfriado deve utilizar máscaras, inclusive por questão de educação, para reduzir a exposição das outras e o risco de contaminá-las.

– E álcool em gel?
O álcool em gel é importante para assepsia constante das mãos, assim como água e sabonete, após cumprimentar muitas pessoas ou tocar em superfícies de uso público.

– Estou com sintomas. Devo ir ao trabalho, escola ou faculdade?
Não. Entre as medidas de prevenção de coronavírus, que se estendem a outras viroses e resfriados, está “ficar em casa se apresentar sintomas”. O secretário de Vigilância em Saúde do MS também alerta que “se tiver algum mal-estar, o paciente deve se isolar, ligar para o 136 (Disque Saúde) e se informar sobre como proceder”.

Legenda: UPAs de Fortaleza estão sendo preparadas para possível epidemia de coronavírus
Foto: Foto: Reinaldo Jorge

– Quando ir a uma unidade de saúde?
Em resumo, o médico Drauzio Varella orienta: “não há necessidade de procurar atendimento médico caso a pessoa apresente sintomas de infecção respiratória, mas não se enquadre nas situações de risco. Só devem procurar os hospitais aqueles que sentirem falta de ar e aumento da frequência respiratória”.

O  Ministério da Saúde lista três situações em que os sintomas podem ser de infecção por Covid-19:

Situação 1: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local até 14 dias antes do aparecimento dos sinais ou sintomas;

Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus, até 14 dias antes do aparecimento dos sinais ou sintomas.

Situação 3: Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório E contato próximo de caso confirmado de coronavírus nos últimos 14 dias.

– Para qual unidade ir?
UPAs, postos de saúde e hospitais de Fortaleza e do interior do Ceará podem atender quaisquer casos de gripes, resfriados e arboviroses. Estas mesmas unidades, porém, estão sendo capacitadas para atender casos suspeitos de coronavírus. “Os hospitais têm recebido os casos e quando não podem fazer a coleta de amostras para diagnóstico, os pacientes são encaminhados para o Hospital São José”, explica Ricristhi Gonçalves, coordenadora da Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde da Secretaria Estadual (Sesa).
 

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