Usuários do Bicicletar relatam bikes 'fantasmas' ou travadas nas estações

De acordo com a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), a empresa responsável pelo sistema já foi contactada para verificação de qualquer falha pontual

Escrito por Redação ,
Legenda: Usuário do Bicicletar apontam falhas no aplicativo, como disponibilidade de bicicletas inexistentes ou não liberação dos veículos presentes na estação
Foto: Natinho Rodrigues

O sistema de bicicletas compartilhadas de Fortaleza, o Bicicletar, que já realizou cerca de 3 milhões de viagens e possui mais de 260 mil cadastros, tem apresentado algumas falhas no sistema operacional, nos últimos meses. Segundo usuários do serviço, são frequentes situações como bicicletas travadas, mesmo que disponíveis, e a oferta de bikes 'fantasmas', que aparecem no aplicativo, mas não existem na estação.

O sistema Bicicletar, que tem 94% dos usuários utilizando de forma gratuita, por meio do Bilhete Único, segundo a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), vem expandindo o seu número de cadastros, principalmente durante a quarentena, como é o caso do estudante universitário Gabriel Mendes, que tem utilizado bastante o serviço durante o momento de isolamento social. 

“Eu optei pela bicicleta porque os ônibus estavam muito demorados de circular, já que frota estava reduzida. Mas também tinha o perigo de andar de ônibus, então eu pensava: se eu posso andar de bicicleta, vou tanto me resguardar, como vou resguardar outras pessoas que só podem se deslocar de ônibus”, destaca o estudante. 

No entanto, apesar desse benefício, Gabriel foi impactado com algumas falhas do serviço, como a estação informar que não tem bicicletas disponíveis, e no local ter bicicletas ou o aplicativo, algumas vezes, não atualizar a devolução da bicicleta.

“Gosto muito, mas poderia melhorar muito. Às vezes você vai até a estação e vê que não tem bicicletas, mas o aplicativo segue dizendo que tem. Ou então tem bicicleta disponível, só que ela não sai”, detalha Mendes.

Durante a pandemia, Gabriel destaca ter precisado buscar três estações por todas apresentarem problemas. Porém, acrescenta que aprendeu a lidar com esses imprevistos. “Acontece de você colocar o cartão e dizer que não está registrado. Na prática, fui sendo exposto a esses problemas e aprendi a lidar. A gente desenvolve algumas estratégias para lidar com o problema”, enfatiza. 

Estratégias

Para o recepcionista de hotel Rodrigo Bandeira, o Bicicletar é um meio de transporte utilizado tanto durante o lazer, quanto para levá-lo ao trabalho. Sendo presente no seu cotidiano, por vezes já encontrou estações com algum problema, seja não aceitando a leitura do seu cartão ou não liberando a bicicleta disponível. 

“Sempre tenho que contar com a sorte de chegar na estação e ela estar funcionando, mas nem sempre está funcionando. É complicado de noite quando não dá certo”, explica. Nesses casos, a depender do horário, Rodrigo precisa optar por um outro meio de transporte, às vezes recorrendo até a aplicativos de táxi, a fim de garantir segurança no retorno de volta para casa. 

Mudanças 

De acordo com Bianca Macêdo, engenheira da Prefeitura de Fortaleza, a situação já foi informada à Serttel, empresa responsável pelo sistema de bicicletas compartilhadas. “A Secretaria de Conservação contactou a Serttel, empresa operadora do sistema, e pediu para que seja verificado qualquer falha pontual no sistema e que seja providenciada a solução”, aponta.   

Além disso, a engenheira ressaltou que o sistema está em processo de expansão, chegando aos bairros da Itaoca, Serrinha, Demócrito Rocha, onde nesta sexta-feira (4), serão inauguradas mais 8 novas estações. “Estamos caminhando para ser o maior sistema do Brasil em número de estações, por habitantes, e o terceiro maior sistema em número absoluto de estações”, conclui. 

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