Secretário da Saúde alerta para possíveis surtos de Covid-19 localizados por bairros em Fortaleza

Dr. Cabeto informou que alguns bairros da Capital indicaram elevação no número de casos da doença

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Fotografia mostra pessoas caminhando na Avenida beira-Mar durante pandemia de Covid-19
Legenda: Novo decreto permite a prática de exercícios físicos em locais abertos restrita a no máximo três pessoas
Foto: Camila Lima

Apesar da diminuição no número de casos e óbitos por infecção de Covid-19, Fortaleza pode passar por surtos localizados da doença, de acordo com o médico cardiologista Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, seretário da Saúde do Ceará. A  possibilidade se dá pelo crescimento dos casos em determinados bairros da Capital. 

 

“Há uma semana, nós tínhamos uma redução abrupta no número de pacientes internados em UTI. Mas em alguns bairros tiveram discreta elevação no número de casos” informa o secretário.

Ainda de acordo com Dr. Cabeto, esses aumentos em áreas diferentes precisam ser observados para evitar futuros surtos localizados da doença. “Essas elevações podem indicar pequenos surtos que precisam ser imediatamente tratados. Por isso, é necessário que a população mantenha o isolamento”, reforça.

A manutenção do isolamento social, aliada à medidas de mapeamento epidemiológico promovidas pelo Governo do Estado, serão fundamentais para evitar os casos localizados, segundo o médico. “O apoio da população, conciliado com o aumento no número de testagem é fundamental para que a gente possa perceber esses pequenos surtos”, conta. 

Aumento

De acordo com o boletim epidemiológico mais recente de Fortaleza, publicado pela Secretaria Municipal de Saude (SMS) na última sexta-feira (26), os bairros com IDH alto, como Meireles e Aldeota, permanecem à frente em número de casos em relação ao resto da Capital

Contudo, os bairros Barra do Ceará e Vicente Pinzon, localizados na Regional I, que indicavam alta letalidade da doença, vêm registrando um crescimento de ocorrências relacionadas ao novo coronavírus.

O boletim mostra  ainda que os bairros periféricos, principalmente em bairros das regionais I e II, partes da Regional III (Quintino Cunha, Autran Nunes e Pici) e V (Grande Bom Jardim, Planalto Airton Sena, Parque São José e José Walter), indicam maior possibilidade de óbito da Covid-19. 

Estabilização

A Capital passa por uma estabilização na curva de casos e óbitos relacionados à Covid-19, de acordo com o documento da SMS. Em relação às infecções da doença, o “platô” da curva de casos foi alcançado entre entre os dias 19 de abril e 09 de maio. A partir desse período, os casos seguiram em queda acentuada até desenvolverem uma redução mais lenta. 

Cabeto avalia que a estabilização faz parte da dinâmica da epidemia. “Até uma semana nós tínhamos uma redução abrupta. Isso acontece em outras pandemias e aconteceu nos países europeus, também. Agora entra numa fase de redução mais lenta”, completa. 

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