Saiba como descartar ou lavar corretamente máscaras de proteção
Os cuidados beneficiam a população e também o meio ambiente
Descartáveis ou laváveis, com a pandemia do novo coronavírus, as máscaras passaram a fazer parte da rotina dos cearenses. No dia 5 de maio, o uso do equipamento de proteção tornou-se obrigatório para todos que saírem pelas ruas da Capital, conforme o último decreto publicado pela Prefeitura de Fortaleza e Governo de Estado. No entanto, além de usá-las corretamente, é essencial que as máscaras não reutilizáveis sejam descartadas adequadamente. O Diário do Nordeste conversou com uma especialista sobre os cuidados necessários ao jogar o insumo fora.
A professora Roberta Meneses Oliveira, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC), ressalta que os cuidados são necessários ao descartar a máscara devido "ao elevado potencial de transmissão do novo coronavírus humano. O SARS-COV-2 é um agente biológico classificado como alto risco de transmissão individual e moderado risco de disseminação na comunidade e meio ambiente", explica.
As máscaras cirúrgicas, quando utilizadas em ambiente domiciliar ou comunitário, devem ser descartadas imediatamente após o uso. "Em saco plástico duplo e resistente, fechado com lacre ou nó. Esse saco deve ser desprezado em lixeira com saco de lixo no quarto ou banheiro do indivíduo, antes de ser descartado com outros resíduos domésticos. É necessário que as mãos sejam higienizadas antes e após a remoção e descarte da máscara", pontou Roberta Meneses.
As recomendações são essenciais para garantir a proteção da "população, do meio ambiente e da saúde pública como um todo". De acordo com a professora de enfermagem, o descarte inadequado dos equipamentos de proteção individual pode gerar impactos significativos para o meio ambiente, os trabalhadores de reciclagem e da coleta de resíduos urbanos.
Tipos de máscaras
As máscaras de tecido laváveis também devem ser tratadas adequadamente. Conforme a professora Lígia Kerr, do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da UFC, é ideal manter uma rotina de cuidados com o equipamento de uso individual. Kerr ressalta que as máscaras de tecido devem ser trocadas a cada três horas. Além disso, depois do uso, a máscara deve ser lavada com água e sabão. "Deixa secar com o sol, já que o vírus é sensível", relata.
A professora Roberta pontua que as máscaras cirúrgicas ou N95, que oferecem maior proteção, devem ser deixadas para o uso dos profissionais da saúde. "São de uso prioritário dos profissionais de saúde, nos serviços de assistência à saúde. Com isso, sugere-se que a população utilize máscaras caseiras, confeccionadas em tecido e higienizadas após o uso", ressalta. "As máscaras cirúrgicas poderão ser utilizadas no ambiente domiciliar por pessoas suspeitas ou confirmadas para COVID-19, assim como pelo seu cuidador, que compartilha o mesmo ambiente domiciliar", finaliza.