Projeto Farmácias Vivas é premiado pela Fundação Banco do Brasil

Mais um reconhecimento, dentre tantos outros. Com o projeto “Farmácias Vivas”, criado em 1985, o professor emérito da Universidade Federal do Ceará (UFC), Francisco José de Abreu Matos, receberá o certificado de Tecnologia Social por ter seu projeto selecionado no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.

“A satisfação é muito grande, a gente fica sempre querendo que o nosso trabalho seja julgado também pelos outros, para saber se estamos no rumo certo”, diz Abreu Matos. O prêmio está na terceira edição e é realizado de dois em dois anos, sendo aberto às instituições legalmente constituídas no País, de direito público ou privado, sem finalidades lucrativas, ou com fins de lucro, desde que desenvolvam soluções efetivas de transformação social.

Apesar de estar aposentado há 15 anos e estar com 81 anos, o químico-farmacêutico e pesquisador da área de fitoterapia Abreu Matos continua em plena atividade na UFC, como coordenador do projeto Farmácias Vivas, que funciona no Campus do Pici.

Em um levantamento das plantas que o povo utilizava, Abreu Matos encontrou cerca de 700 espécies no Nordeste, região onde descobriu 70 plantas, em média, com ação comprovada cientificamente.

A idéia de fazer esse programa assistencial com plantas medicinais foi, segundo ele, uma conseqüência do trabalho desenvolvido na universidade por muitos anos. As hortas também facilitam o acesso de pessoas carentes aos medicamentos.

O Centro de Desenvolvimento Familiar (Cedefam), programa desenvolvido pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade, beneficia diversas famílias das comunidades no entorno do campus do Pici, com o uso desses medicamentos naturais. Atualmente, o projeto Farmácias Vivas encontra-se presente em 40 municípios cearenses e em mais cinco Estados brasileiros.