O que as escolas devem fazer quando há suspeita ou confirmação de funcionários ou alunos com Covid?

Para garantir segurança, o Governo do Ceará estabeleceu um protocolo sanitário a ser cumprido por todas as escolas que reabrem. No Estado, quatro escolas voltaram a suspender as aulas devido e suspeitas e casos da doença

Escrito por Redação ,
teste covid em fortaleza
Legenda: A realização de teste de Covid em funcionários é uma exigência do protocolo de retomada das aulas presenciais
Foto: Natinho Rodrigues

No Ceará, a retomada das aulas presenciais está autorizada a ocorrer de forma limitada desde setembro em 44 municípios da Região de Saúde Fortaleza. Em outubro, o Governo do Estado ampliou a quantidade de séries e etapas de ensino no retorno presencial. Até o momento, apenas as escolas privadas reabriram e quatro delas devido a casos suspeitos e confirmações de Covid-19 voltaram a suspender as aulas. Em situação do tipo, esse é procedimento correto? Quando há suspeita ou confirmação de funcionários ou alunos com Covid, o que a escola deve fazer? 

Para garantir segurança nesse recomeço, o Governo estabeleceu regras a serem cumpridas por todas as instituições. O documento chamado "Protocolo Setorial de Retomada das Atividades Escolares" especifica os procedimentos que vão desde o fechamento somente da sala de aula das pessoas contaminadas até a suspensão de atividades na escola inteira. 

Conforme o protocolo, todas as situações suspeitas de contaminação por coronavírus seja de funcionários ou de alunos da escola precisam ser investigadas. Quando há um caso ou mais suspeito na instituição, o procedimento, durante a investigação, é isolar todas as pessoas que tiveram contato com o possível doente.

Isolamento, suspensão das aulas e escola fechada

Nos episódios de caso confirmado é preciso fechar a sala de aula por 14 dias. Os estudantes e funcionários que têm contato próximo com a pessoa infectada deverão ficar em quarentena também por 14 dias. A mesma regra vale para quando há 2 casos confirmados na mesma sala de aula. 

Em situações de ocorrência de 2 casos ligados entre si na escola, mas em salas de aula diferentes, a escola precisa ser fechada durante a investigação. Após a análise, as salas de aula de cada pessoa contaminada permanecem fechadas e a turma segue em quarentena.

Nesse caso, outros membros da escola entram também em quarentena a depender de onde a exposição ao vírus possa ter ocorrido. Por exemplo, se constatado que foi no vestiário, é preciso investigar quem teve acesso ao local no período da contaminação.

Outra situação e quando há, pelo menos, 2 casos ligados entre si na escola, mas que a infecção tenha sido adquirida em ambiente externo. A escola também deve ser fechada durante a investigação e após a averiguação, reabre. As salas permanecem fechadas por 14 dias. O mesmo vale quando há, pelo menos, 2 casos não vinculados, mas que a exposição foi confirmada para cada um fora do ambiente escolar. 

Quando há casos suspeitos ou confirmados e não é possível determinar a ligação entre eles, a escola fecha durante a investigação. Após análise, permanece impedida de abrir durante 14 dias.  

Ações com funcionários e alunos

Em casos suspeitos ou confirmados, as escolas têm obrigação também de:

  • Garantir que alunos e profissionais fiquem em casa quando apresentarem sintomas gripais, se tiverem familiares sintomáticos ou esperando resultado de testes ou após contato com caso confirmado
  • Comunicar, em até 48 horas, os familiares e autoridades sanitárias da suspeita ou confirmação de alunos e profissionais do contágio pela Covid-19 e acompanhar a situação de saúde dessas pessoas.
  • Em caso de confirmação, o aluno ou profissional só deverá retornar à instituição de ensino quando de posse de autorização médica.
  • Cada instituição de ensino deve acordar com a Unidade Municipal de referência o fluxo de encaminhamento para casos suspeitos. 

Além disso, os funcionários das escolas devem ser testados nos dias que antecedem a retomada das aulas. No caso de suspeita ou confirmação de aluno ou profissional contaminado, conforme o protocolo, a instituição deve reforçar higienização das áreas onde houve atividade e passagem da pessoa infectada.

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