Grupo que distribuiu mais de 61 mil quentinhas paralisa atividades; saiba como ajudar

Em meio à pandemia, o projeto “Auê do Amor” foi criado para distribuir comida pronta, cestas básicas e kits higiene para população em situação de vulnerabilidade social na Capital. Depois de alcançar 47 comunidades e distribuir mais de 61 mil refeições, a iniciativa vai precisar paralisar a cozinha nesta sexta-feira (12) por falta de recursos.

 “A gente vai paralisar para poder dar um fôlego e pagar alguns fornecedores, que a gente tá devendo, que é cerca de sete mil reais, e conseguir arrecadar [doações] para pagar os custos da próxima semana. A gente sempre foi assim, semana após semana e acabou assumindo um compromisso muito grande, porque a fome é muito grande e é muito generalizada", explica Mariana Marques, coordenadora geral do Auê do Amor. 

A iniciativa alimenta diariamente mais de cinco mil pessoas em bairros mais afetados pelos efeitos da pandemia. Além das quentinhas, o projeto também já distribuiu mais de dez mil máscaras de tecido, mais de três mil kits de higiene, além de livros, roupas, água mineral e calçados. "Temos duas frentes de trabalho, a gente distribui alimentos prontos, em forma de quentinha, sopas, tortas, bolos e sanduíches, e a gente distribui também cestas básicas”, conta a coordenadora. 

Doações  

O Auê do Amor recebe doações de todos os tipos, mas apesar de precisar de doações de alimentos, no momento a iniciativa tem urgência em receber doações em dinheiro para conseguir arcar com custos, como de embalagens (para as quentinhas), frete, gás e ajuda de custo a cozinheiros voluntários. “Então dinheiro é o que nos ajuda muito, mas quem não puder ajudar com dinheiro e puder fazer uma campanha de arrecadação de cereais, nem que seja pequena, de arroz, feijão e macarrão, também ajuda muito. Isso é a base da nossa quentinha”, explica Mariana Marques.  

Quem quiser colaborar, pode entrar em contato pelo Whatsapp (85) 9973 5365 para saber mais informações ou acessar o instagram do projeto @auedoamor. “Tem vezes que uma família inteira come de uma quentinha. O desejo é voltar a trabalhar [distribuindo comida] na segunda”, completa a coordenadora da Auê do Amor.