Frota reduzida, demora e lotação: passageiros reclamam da circulação de ônibus em Fortaleza

A Etufor informou que está sendo feita uma avaliação da demanda para definir a frota nos terminais.

Escrito por Redação ,
Legenda: Superlotação dentro dos veículos é consequência da redução da frota, segundo passageiros.
Foto: Foto: Reprodução

Reclamações de usuários do transporte público da Capital se intensificam no primeiro dia após o decreto do Governo do Estado definindo o fechamento de estabelecimentos comerciais, nesta sexta-feira (20), para impedir a disseminação do novo coronavírus. As denúncias são sobre a redução da frota, maior lotação, demora e aglomeração nas paradas de ônibus.

As queixas parte dos terminais do Siqueira, Parangaba, Antônio Bezerra e Centro. “Além dos ônibus superlotados, temos que esperar 50 minutos”, reclamou uma mulher. Na Regional I, nas paradas de ônibus na Avenida Leste-Oeste, passageiros estimam espera de até meia hora.

A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) informou que está sendo feita uma avaliação da demanda dos passageiros para definir a frota nos terminais. No entanto, não confirmou a redução da quantidade veículos em operação.

Já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) informou que nesse período excepcional provocado pela pandemia do Coronavírus estará junto com as empresas associadas envidando esforços para garantir serviço de transporte suficiente às necessidades urgentes e essenciais, como as relacionadas à saúde e alimentação.

O órgão reforçou ainda que as perdas decorrentes são enormes e que diariamente vai avaliar o movimento e dimensionará a oferta necessária com o objetivo de evitar problemas ainda maiores na oferta do serviço.

Sem ventilação

“Estamos quase que sem ventilação porque os ônibus foram reduzidos. Como vamos evitar aglomeração de pessoas desse jeito? As pessoas que estavam de máscaras estavam retirando para tentar respirar porque a maioria das janelas não abriam”, relatou outra passageira.

A superlotação atinge linhas como 028 - Antônio Bezerra/Papicu, , 855 - Bezerra de Menezes / Washington Soares, 051 - Grande Circular I, 041 - Parangaba/Oliveira Paiva/Papicu, 757- Vila Velha/ Centro e 713 - Santos Dumont/Perimetral, segundo os passageiros.

Condutores

Parte dos motoristas de ônibus da Capital também possuem reivindicações. Alguns defendem que a frota pare totalmente “porque, enquanto houver transporte, as pessoas irão continuar saindo de casa”, relata um profissional. 

Outro teme que a operação do veículo afete a própria saúde. “As empresas não estão dando máscaras e álcool em gel, que é o mínimo que poderiam estar fazendo por nós. Nós da categoria também temos medo de levar essa doença pra nossa família”, lamenta.


 

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