Esgoto é lançado na Praia de Iracema

Turistas e fortalezenses que vão se divertir e apreciar a beleza do litoral no espigão da João Cordeiro, na Praia de Iracema, são surpreendidos pela galeria de drenagem que foi danificada e, por isso, joga esgoto nas areias da praia, quando deveria escoar apenas a água da chuva. Toda a sujeira segue em direção ao mar. A situação existe desde o começo da semana passada.

Quem chega ao local pode logo sentir o forte mau cheiro vindo do esgoto a céu aberto. Os ventos intensos pioram o problema, levando o odor para mais longe. Além disso, a sujeira criada deixa grande parte da faixa de areia intransitável para os frequentadores.

"É uma pena ver um local tão bonito ficar em uma situação feia como esta. Um turista que passa por aqui e vê um negócio desses nunca mais vai querer voltar", reclamou o empresário Edilson Duarte.

Na última quinta-feira (21), o Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) enviou ofício à Prefeitura da Fortaleza pedindo a urgente adoção de medidas para sanar o derramamento de esgoto.

No documento, assinado pelo procurador regional da República Francisco Macedo Filho, o MPF estabelece o prazo de dez dias, a contar do recebimento do ofício, para que a Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (ACFor) se manifeste.

O documento do MPF também pede que a ACfor envie o último relatório trimestral das ações realizadas no Plano Integrado de Trabalho para Controle da Poluição na Orla Marítima de Fortaleza, instituído a partir de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado com a Prefeitura de Fortaleza e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).

Monitoramento

A Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) informou que uma equipe da Prefeitura e da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) estiveram no local, na madrugada do último sábado (23), para identificar as causas que deram origem ao vazamento. Segundo o órgão, a Cagece disponibilizou dois caminhões para bombear o esgoto da rede de drenagem para a rede correta, a fim de evitar que a sujeira continuasse a chegar ao mar.

A Seuma informou também que segue acompanhando e monitorando os trabalhos da Cagece para verificar as causas e as soluções adotadas. A reportagem tentou contato com a Cagece, mas, até o fechamento desta edição, não obteve sucesso.