Covid-19: Jovens do sistema socioeducativo do Ceará devem produzir cerca de 12,4 mil máscaras

Os equipamentos de proteção confeccionados serão serão distribuídos para adolescentes e profissionais das unidades socioeducativas a fim de proteger contra o coronavírus

Escrito por Redação ,
Legenda: Oito jovens do Centro Socioeducativo Aldaci Barbosa irão receber treinamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para produzir as máscaras
Foto: Fabiane de Paula

Com perspectiva de início até a segunda semana de julho, oito jovens do Centro Socioeducativo Aldaci Barbosa devem passar por um treinamento pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para iniciar a produção de 12,4 mil máscaras de proteção individuais. Serão compostas duas turmas, uma pela manhã e outra à tarde, segundo a Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará (DPGE). As máscaras produzidas serão destinadas aos profissionais das unidades socioeducativas e aos adolescentes que cumprem medidas. 

 

A ação é uma parceria entre a Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) com a Defensoria Pública do Estado do Ceará, por meio do Núcleo de Atendimento aos Jovens e Adolescentes em Conflito com a Lei (Nuaja). Conforme o defensor público, Francisco Rubens de Lima Júnior, a ação conta com doações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e do Grupo Mulheres do Brasil

“A ideia é que cada um dos adolescentes e dos profissionais atuantes tenham três máscaras. Inclusive aqueles que entram e os que saem”, explica o defensor público com atuação no Nuaja. 

Segundo Francisco, a iniciativa busca incluir o adolescente na perspectiva de profissionalização; produzir máscaras e atender uma demanda de equipamentos de proteção do próprio sistema, assegurando que profissionais e adolescentes tenham acesso a máscara; assim como evitar que a pandemia se alastre dentro das unidades socioeducativas.

Responsabilidade

Para ele, a produção as máscaras vai permitir que as jovens tenham acesso a uma capacitação. “Gera um senso de responsabilidade e, também, de um objetivo comum de solidariedade em assegurar saúde e proteção para todos os outros internos e para os profissionais. Há esse sentido, de busca e objetivo comum, humanitário. Elas, que tantas vezes são excluídas, nesse momento são responsáveis por estarem dando um retorno positivo para a sociedade”, afirma. 

Cerca de 1000 profissionais atuam no momento, enquanto a lotação das unidades dos sistema socioeducativo no Ceará está entre 600 a 700 adolescentes. Devido à pandemia, o número está reduzido em comparação com a média de 800 adolescentes em tempos de normalidade, de acordo com o defensor.

 

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